sábado, 9 de dezembro de 2017

Eclesiavacantismo?


Fonte

“Ninguém pode servir a dois senhores: ou há de odiar a um e amar o outro, ou há de aderir a um e desprezar o outro.” São Lucas XVI, 13

Prezados amigos,

Salve Maria!

Chegou-nos às mãos um texto que precisa ser esclarecido. O texto preambula com a seguinte frase: “[...] distinga-se bem o Apostolado da Oração do Vale do Aço do outro grupo, pois há divergências de cunho doutrinal e teológico, sobre as quais o fiel deve ficar atento para  saber onde pisa. [...]”.

Nisso é preciso que se dê razão ao subscritor daquele texto. Existem, tanto no Vale do Aço quanto no Brasil inteiro (e em outras partes do Globo) dois grupos apostolares (in latu sensu): Um que trabalha na defesa de personagens e outro que trabalha em defesa de Cristo Rei. É verdade que entre esses grupos há divergências de cunho doutrinal e teológico e neste pequeníssimo texto, tentaremos desbaratar de uma vez por todas esta questão.

Quando se pretende desmoralizar o adversário, entretanto não há argumentos básicos para tanto, põe-lhe uma pecha e quando não há um nome que adeque ao que se pretende, simplesmente, cria-se neologismos.

No caso em comento, refiro-me ao cunho do termo “eclesiavacantismo” e seus derivados. E o que é “eclesiavacantismo”? O texto responde: “[...] dizer que o papa ou os bispos, ainda que modernistas, não são - em aspecto algum – membros da Igreja Católica é o mesmo que declarar suas sedes vacantes, o que se denomina hodiernamente “eclesiavacantismo”(afirmar que todas as sedes estão vacantes).

A expressão chave para entender onde reside o erro é a seguinte: “ainda que modernistas...”. Ou seja, há um reconhecimento de que as autoridades eclesiásticas atuais são modernistas. Grande avanço! Mas... continuam dizendo “Ambos os bispos, [Dom Antônio e Dom Lefebvre] conquanto tenham identificado o Magistério Conciliar e sua doutrina como uma anti-igreja, jamais negaram que em certos aspectos eles ainda são membros da Igreja.” (grifos não contém no original).

O que lhes falta de Catecismo de Primeira Comunhão lhes sobra em neologismos. O Catecismo de São Pio X no ponto 224 diz claramente quem são os que estão fora da verdadeira Igreja. Senão, vejamos:

224 Quem são os que se encontram fora da verdadeira Igreja?
Encontram-se fora da verdadeira Igreja os infiéis, os judeus, os hereges, os apóstatas, os cismáticos e os excomungados.”

Vamos nos deter em apenas duas classes: os hereges e os excomungados.

227 Quem são os hereges?
Os hereges são as pessoas batizadas que recusam com pertinácia crer em alguma verdade revelada por Deus e ensinada como de fé pela Igreja Católica: por exemplo, os arianos, os nestorianos e as várias seitas dos protestantes.”

230 Quem são os excomungados?
Os excomungados são aqueles que por faltas graves são fulminados com excomunhão pelo Papa ou pelo Bispo, e portanto são separados, como indignos, do corpo da Igreja, a qual espera e deseja a sua conversão.”

É sabido e ressabido que o Papa São Pio X excomungou os modernistas, assim como o Papa Pio IX condenou os liberais no Syllabus. Se se afiança que alguém é modernista e/ou liberal, ou seja, recusa com pertinácia a crer nalguma verdade revelada e ensinada pela Igreja, estamos dizendo que são hereges.

Eis a pergunta: Como modernistas podem ser “membros da Igreja”? Como é possível que chamem como testemunhas para esses disparates Dom Lefebvre e Dom Castro Mayer?

Dom Antônio de Castro Mayer deixou bem claro sua posição quando disse:

“O Segundo Concílio do Vaticano constitui-se uma anti-Igreja... Por isso, dizemos que o Vaticano II firmou-se como a anti-Igreja. Consequência: quem adere ao Vaticano II, sem restrição, só por esse fato, desliga-se da verdadeira Igreja de Cristo. Ninguém pode, ao mesmo tempo, ser católico e subscrever tudo quanto estabeleceu no Concílio Vaticano II. Diríamos que a melhor maneira de abandonar a Igreja de Cristo, Católica Apostólica Romana é aceitar, sem reservas o que ensinou e propôs o Concílio Vaticano II. Ele é a anti-Igreja”. Este texto foi publicado no Heri et Hodie, nº. 33, setembro de 1986 e na Revista Permanência, nº. 218-219, janeiro-fevereiro de 1987. Trecho retirado do livro: “O Pensamento de Dom Antônio de Castro Mayer”, páginas 17 e 18, Editora Permanência, 2010, Rio de Janeiro.

O Leão de Campos continua:

“E uma observação radical, sobre o que se passa em meios católicos, leva à persuasão de que, realmente, após o Concílio, existe uma nova Igreja essencialmente distinta daquela conhecida, antes do grande Sínodo, como única Igreja de Cristo... Estamos, pois diante de uma nova religião, a religião do homem”. Este texto foi publicado no Boletim Diocesano, abril de 1972. Trecho retirado do livro: “O Pensamento de Dom Antônio de Castro Mayer”, páginas 21 e 22, Editora Permanência, 2010, Rio de Janeiro.

E, por fim: “... estamos com uma igreja nova, portanto, com uma fé nova... Trata-se de uma igreja evolutiva, modificando-se sempre para adaptar ao fluxo da História, que não retorna. Já ninguém mais duvida de que essa igreja não é a Igreja Católica da Tradição que remonta dos tempos dos apóstolos. Trata-se, pois, agora de persuadir o povo de que essa é a Igreja Verdadeira, a Igreja de Jesus Cristo”. Este texto foi publicado no Monitor Capista, 04/09/1983. Trecho retirado do livro: “O Pensamento de Dom Antônio de Castro Mayer”, página 47, Editora Permanência, 2010, Rio de Janeiro.

Dom Lefebvre, no livro “Carta aberta aos católicos perplexos” na página 128, diz textualmente: “Eu não sou desta religião. Não aceito esta nova religião. É uma religião liberal, modernista, que tem seu culto, seus sacerdotes, sua fé, seus catecismos, sua Bíblia ecumênica traduzida por católicos, judeus, protestantes, anglicanos, agradando a gregos e troianos, dando satisfação a todo o mundo, sacrificando muito frequentemente a interpretação do Magistério”.

Dom Lefebvre também disse: “Estaria muito feliz de ser excomungado desta Igreja Conciliar... É uma Igreja que eu não reconheço. Eu pertenço a Igreja Católica”. (Minute 30 Julho de 1976). Fonte.

Acaso Dom Lefebvre, tivesse firme a posição de que o Papa Paulo VI pertencia a Igreja Católica e exercia sobre ele alguma autoridade, ficaria feliz de ser excomungado? Isso é um delírio!

Na conferência do dia 15 de junho de 1988, Dom Lefebvre diz claramente, inclusive ao Cardeal Ratzinger que existem duas igrejas: uma Verdadeira e outra paralela, senão, vejamos:

 “O Cardeal Ratzinguer repetiu várias vezes: “Monsenhor, há uma só Igreja; não pode haver Igreja paralela.” Eu disse-lhe: “Eminência, não somos nós que fazemos uma Igreja paralela, porque nós continuamos com a Igreja de sempre. Os senhores é que fazem uma Igreja paralela ao inventar a Igreja do Concílio, essa que o Cardeal Benelli chamou a Igreja Conciliar. Os senhores fizeram novos catecismos, novos sacramentos, uma nova missa, uma nova liturgia, não somos nós. Nós continuamos o que anteriormente se fazia. Não somos nós que fazemos umanova Igreja!” (grifos nossos).

E para arrematar, Dom Lefebvre, no citado livro, na mesma página 128 diz: “Nas ladainhas de Rogações a Igreja nos faz dizer ‘Nós vos suplicamos, Senhor, manter na vossa santa religião o Soberano Pontífice e todas as ordens da hierarquia eclesiástica’. Isso quer dizer que uma desgraça pode suceder.” (grifos não contém nos originais). Precisa ser mais claro?

Veja que Dom Lefebvre admitiu que “o Soberano Pontífice e todas as ordens da hierarquia eclesiástica”, conforme reza as ladainhas de Rogações, pode sim estar fora da “santa religião”. Se acontecesse que fosse impossível que “o Soberano Pontífice e todas as ordens da hierarquia eclesiástica” pudesse alijar-se da Santa Religião, pedir a Deus isso seria pedir uma coisa impossível.

Bom, o texto fala também de sectarismo. Diz o texto: “Pois bem, o Apostolado da Oração recomenda aos seus fiéis que evitem tais extremismos que beiram o sectarismo e não estão fundados na integridade da Doutrina Católica e Obra de D. Lefebvre.” (grifos não contém no original)

 E o que é uma seita? Diz-se:
“substantivo feminino
Doutrina que, propagada por um grande número de pessoas, se afasta ou diverge de certa forma de outra doutrina principal.
[Religião] Grupo religioso dissidente, que deixa de participar de uma religião por não concordar com suas normas e objetivos.”

Pois bem, em geral, a seita sempre tem um mestre, onde tudo gira em torno dele. Os seus defensores são capazes de fazer um triângulo redondo caso seja necessário para defender a sua doutrina.

Acontece que:

1) Não fomos nós quem dissemos que existem árvores “metade boa e metade má” contrariando o “sim, sim, não, não!” de Nosso Senhor Jesus Cristo.

2) Não fomos nós quem dissemos que “as parábolas de Cristo não são definições dogmáticas”, enquanto Nosso Senhor disse: “aquele que me ama guardará Minhas palavras”.

3) Não fomos nós quem dissemos que “Maria Valtorta é um presente de Deus” e a recomendamos para crianças, enquanto que dá vergonha de reproduzir aqui os escritos desta senhora.

4) Não fomos nós quem dissemos que “A Igreja conciliar e neomodernista não é portanto nem uma Igreja substancialmente diferente da Igreja Católica nem absolutamente idêntica; ela tem misteriosamente algo de um e de outra: é um corpo estranho que ocupa a Igreja Católica. É preciso distingui-las sem separá-las.” Fonte. Enquanto que Dom Antônio diz: “Trata-se, pois, agora de persuadir o povo de que essa é a Igreja Verdadeira, a Igreja de Jesus Cristo”. As Sagradas Escrituras perguntam: “Que união pode haver entre a justiça e a iniquidade? Ou que comunidade entre a luz e as trevas?” (II Cor. VI, 14)

5) Não foi nenhum de nós quem fomos confirmar feeneystas.

6) Não foi nenhum de nós quem dissemos que pegaríamos o próximo avião para Roma, caso o Papa Francisco chamasse a fundar uma sociedade.

7) Não foi nenhum de nós quem disse que “A Missa Nova pode ser assistida com o efeito de construir a sua fé”…

8) Não foi nenhum dos nossos quem recomendou a Missa Nova para ninguém.

9) Não foi nenhum dos nossos quem decretou milagres na Missa Nova.

10) Não foi nenhum dos nossos quem disse que “Deus pretende salvar muitas almas que estão fora da “Tradição””, entretanto não clarificou quais são as condições para tanto.

Aqui também há um compêndio de ditos e fatos sobre Dom Williamson que não podem cair no esquecimento.

Então, meus senhores, peço humildemente que nos apontem qual foi a doutrina que criamos para sermos acusados de sectarismo e quem é o nosso guru. O que não podemos e não fazemos é acusar o outro daquilo que praticamos.

O texto sob o qual nos debruçamos diz: “distinga-se bem o Apostolado da Oração do Vale do Aço do outro grupo”. Também pedimos isso, encarecidamente. Resta saber quem de fato não está “fundado na integridade da Doutrina Católica e Obra de D. Lefebvre”.

O Imitação diz: “tem, pois, principalmente zelo de ti, e depois o terás, com direito, do teu próximo.” Livro II, cap. 3.

8 de dezembro de 2017, na festa da Imaculada Conceição da Virgem Santíssima


Eugênio Mendes

sexta-feira, 10 de novembro de 2017

Agenda de Missas Novembro 2017




Missas de Novembro 2017
Rev. Pe. Ernesto Cardozo

11/11 - Sábado – 19:30hr
12/11 - Domingo – 19:30hr
15/11 - Quarta-feira – 19:30hr
16/11 - Quinta-feira – 19:30hr
17/11 – Sexta-feira – 19:30hr
18/11 - Sábado – 10:30hr

As demais Missas durante a próxima semana serão privadas na casa do reverendo padre.


Próxima Missa 31/12 (Domingo), às 19:30hr.


Rezemos este mês, de modo especial, pelas benditas almas do Purgatório.

domingo, 29 de outubro de 2017

Agenda de Missas Novembro/2017



02/11 - Quinta-feira - Comemoração dos Fiéis Defuntos:
              1ª Missa: 16hr - Missa rezada
              2ª Missa: 16:30hr - Missa rezada
              3ª Missa: 19:30hr - Missa cantada

04/11 - Sábado 
              19:30hr - Missa rezada e logo após, exposição do Santíssimo Sacramento

05/11 - Domingo
              19:30hr - Missa rezada


Obs.: As Missas dos demais dias da semana serão privadas na casa do Reverendo Padre Ernesto Cardozo.



sábado, 28 de outubro de 2017

​MONSENHOR LEFEBVRE: SOBRE CRISTO REI E AS RELAÇÕES COM ROMA




Mons. Lefebvre, conferência em Sierre (Suiça) em 27 de novembro de 1988, extraído de Fideliter n° 89 (Setembro de 1992) p.12: 
“É a apostasia geral, é por que nós resistimos, mas as autoridades querem que aceitemos isso. Quando discuti com eles em Roma, queriam que eu reconhecesse a liberdade religiosa como o cardeal Bea. Mas eu disse não. Eu não posso. Minha fé é aquela do cardeal Ottaviani fiel a todos os papas e não a essa doutrina nova e condenada.

É isso que faz nossa oposição. Não é tanto a questão da Missa, por que a Missa é justamente uma das consequências do fato que se quis aproximar a Igreja do protestantismo e transformar o culto, os sacramentos, a doutrina, o catecismo, etc...

A verdadeira oposição fundamental é o Reino de Nosso Senhor Jesus Cristo: Importa que Ele reine, nos diz São Paulo. Nosso Senhor veio para reinar. Eles dizem não. E nós dizemos sim, com todos os papas. Nosso Senhor não veio para se esconder nos interior das casas sem delas sair. Por que os missionários, dos quais tantos foram massacrados? Para pregar que Nosso Senhor Jesus Cristo é o Único e Verdadeiro Deus, para dizer aos pagãos que se convertam. Então os pagãos os fizeram desaparecer, mas eles não hesitaram em dar suas vidas para continuar a pregar Nosso Senhor Jesus Cristo. Então agora, é preciso fazer o contrário, é preciso dizer aos pagãos: “Vossa religião é boa, conservai-a, mas sede bons budistas, bons muçulmanos, bons pagãos!” É por isso que não podemos nos entender com eles, por que nós obedecemos a Nosso Senhor que disse aos apóstolos: “Ide ensinar o Evangelho até os confins do mundo”.

Por isso não é de se estranhar pelo fato de não nos entendermos com Roma. Não será possível nos entendermos enquanto Roma não voltar a fé no Reino de Nosso Senhor Jesus Cristo, enquanto ela der a impressão que todas as religiões são boas. Nós diferimos sobre um ponto da fé católica, como diferiam os cardeais Bea e Ottaviani, como diferiam todos os papas com o liberalismo. É a mesma coisa, a mesma corrente, as mesmas divisões no interior da Igreja.

--- 

Conferencia em Flavigny, em dezembro de 1988, extraído de Fideliter n° 68 (março de 1989) p.16: 

“Devemos ser livres de compromisso tanto a respeito dos sedevacantistas como daqueles que querem ser absolutamente submissos a autoridade eclesiástica. Nós queremos permanecer apegados a Nosso Senhor Jesus Cristo. Ora, o Vaticano II tirou a coroa de Nosso Senhor. Nós queremos permanecer fiéis a Nosso Senhor Rei e Dominador do mundo inteiro. Não podemos mudar nada nessa linha de conduta”. 

“Assim, quando nos colocarem a questão de saber quando haverá um acordo com Roma, minha resposta é simples: Quando Roma recoroar Nosso Senhor. O dia em que eles reconhecerem, de novo, Nosso Senhor Rei dos povos e das nações, não seremos nós que retornaremos, mas eles que voltarão a Igreja Católica na qual sempre permanecemos”.


sábado, 21 de outubro de 2017

Próximas Missas em Ipatinga/MG




Agenda de Missas 
Rev. Pe. Ernesto Cardozo

- Domingo, 22/10 às 19:30. 

- Sábado, 28/10 às 19:30, seguida de Exposição do Santíssimo Sacramento.

- Domingo, 29/10, Festa de Cristo Rei, Missa cantada às 11h, seguida de almoço com os fiéis.

Viva Cristo Rei!

domingo, 1 de outubro de 2017

Missas Tridentinas no Brasil



Missas de Outubro 2017
Rev. Pe. Ernesto Cardozo


Domingo 1/10 — Poços de Caldas — 10:30 
Domingo 1/10 — Boituva — 19:30
Segunda 2/10 — Boituva — 19:30
Terça 3/10 — Boituva — 19:30
Quarta 4/10 — Boituva — 19:30
Quinta 5/10 — Limeira — 19:30
Sexta 6/10 — Muzambinho — 19:30
Sábado 7/10 — Poços de Caldas — 19:30
Domingo 8/10 — Pouso Alegre — 11:00
Segunda 9/10 — Barbacena — 19:30
Terça 10/10 — A determinar — -
Quarta 11/10 — Belo Horizonte — 19:30
Quinta 12/10 — Belo Horizonte — 19:30
Sexta 13/10 — Belo Horizonte — 19:30
Sábado 14/10 — Belo Horizonte(*) — 10:30
Domingo 15/10 — Ipatinga — 19:30

(*) Missa com bodas. 



sábado, 16 de setembro de 2017

Agenda de Missas Setembro/Outubro de 2017





Agenda de Missas Tridentinas
Rev. Pe. Ernesto Cardozo


18/09 – Segunda-feira – Ipatinga/MG – 19:30
19/09 – Terça-feira – Ipatinga/MG – 19:30
20/09 – Quarta-feira – Ipatinga/MG – 19:30
21/09 – Quinta-feira – Ipatinga/MG - 19:30

22/09 – Sexta-feira – Betim/MG – 19:30

23/09 – Sábado – Belo Horizonte/MG – 19:30

24/09 – Domingo – Pouso Alegre/MG – 19:30

25/09 – Segunda-feira – Cachoeira Paulista/ SP – 19:30
26/09 – Terça-feira – Cachoeira Paulista/SP – 19:30
27/09 – Quarta-feira – Cachoeira Paulista/SP – 19:30
28/09 – Quinta-feira – Cachoeira Paulista/SP – 19:30
29/09 – Sexta-feira – Cachoeira Paulista/SP – 19:30

30/09 – Sábado – Pouso Alegre/MG – 11:00

01/10 – Domingo – Poços de Caldas/MG – 10:30

01/10 – Domingo – Boituva/SP – 19:30


segunda-feira, 4 de setembro de 2017

Os Frades Dominicanos de Avrillé contra Pio XII




“.... Por não terem cultivado o amor à verdade... 
Deus lhes enviará um poder que os enganará e os induzirá a acreditar no erro. ” I Tes II, 10-11.

“Nos tempos vindouros, alguns hão de apostatar da fé, dando ouvidos a espíritos embusteiros e a doutrinas diabólicas. ” I Tim IV, 1.

“Quem ensina de outra forma e discorda das palavras de Nosso Senhor Jesus Cristo, bem como da doutrina conforme à piedade, é um obcecado pelo orgulho, um ignorante, doentio por questões ociosas e contendas de palavras. ” I Tim IV, 3-4

“Virá tempo em que os homens já não suportarão a sã doutrina. Levados pelas paixões e pelo prurido de ouvir novidades, ajuntarão mestres para si. Apartarão os ouvidos da verdade e se atirarão às fábulas. ” II Tim IV, 3-4


Os Frades Dominicanos de Avrillé, que por estes dias estão a visitar Minas Gerais, desenvolveram uma tese no mínimo estranha sobre a Igreja, aliás, sobre “duas Igrejas para uma mesma hierarquia”, “duas religiões que coexistem no mesmo sujeito” e que “estão misteriosamente unidas”.


Não estudei teologia, pelo que sou muito grato a Deus, mas um pouco de conhecimento de catecismo, o estudo das encíclicas e a lógica nos mostram que esta tese é equivocada, que é uma novidade jamais ensinada pelos Papas, doutores e teólogos. Não é uma doutrina comum na Igreja.


Ademais, vai diretamente contra o ensinamento do Papa Pio XII na encíclicaMystici corporis. Nesta encíclica, o Papa retoma o ensinamento de São Paulo, dos Santos Padres, doutores e teólogos.


Seria demasiado extenso citar toda a encíclica, que é sensacional e recomendo que leiam, estudem e meditem para melhor conhecer a natureza da Igreja, sua beleza, sua importância e, assim, repelirem com maior convicção esta “neo-igreja” nascida do Concílio Vaticano II, que não é a Católica. Deixo aqui o link.

Também não quero perder tempo citando os trechos desta nojenta (uso este termo por ver como rebaixam de tal maneira a Única Esposa de Cristo) tese dos Frades de Avrillé. Quem quiser saber melhor sobre tais asneiras, procurem no malfadado blog dos desistentes, Non Possumus.


Entretanto, é necessário citar alguns trechos da encíclica para provar suas teses errôneas e que existe somente um Corpo Místico. Somente uma Igreja Católica.


“Que a Igreja é um corpo, ensinam-nos muitos passos da sagrada Escritura: "Cristo, diz o Apóstolo, é a cabeça do corpo da Igreja" (Cl 1,18). Ora, se a Igreja é um corpo, deve necessariamente ser um todo sem divisão, segundo aquela sentença de Paulo: 'Nós, muitos, somos um só corpo em Cristo' (Rm 12,5). E não só deve ser um todo sem divisão, mas também algo concreto e visível, como afirma nosso predecessor de feliz memória Leão XIII, na encíclica 'Satis cognitum': 'Pelo fato mesmo que é um corpo, a Igreja torna-se visível aos olhos'. Estão, pois, longe da verdade revelada os que imaginam a Igreja por forma que não se pode tocar nem ver, mas é apenas, como dizem, uma coisa 'pneumática', que une entre si com vínculo invisível muitas comunidades cristãs, embora separadas na fé”. Mystici corporis, n° 14.


“Como membros da Igreja contam-se realmente SÓ aqueles que receberam o lavacro da regeneração e professam A VERDADEIRA FÉ, nem se separaram voluntariamente do organismo do corpo, ou não foram dele cortados pela legítima autoridade em razão de culpas gravíssimas. 'Todos nós, diz o Apóstolo, fomos batizados num só Espírito para formar um só Corpo, judeus ou gentios, escravos ou livres' (lCor 12,13). Portanto, como na verdadeira sociedade dos fiéis há um só corpo, um só Espírito, um só Senhor, um só batismo, assim não pode haver senão UMA SÓ FÉ (cf. Ef 4, 5), e, por isso, quem se recusa a ouvir a Igreja, manda o Senhor que seja tido por gentio e publicano (cf. Mt 18,17). Por conseguinte, os que estão entre si divididos por motivos de fé ou pelo governo, não podem viver neste corpo único nem do seu único Espírito divino. ” Mystici corporis, n° 21.


Como disse acima, não irei me alongar em citação, envio todos à leitura e estudos desta maravilhosa encíclica, que expõe a doutrina Católica sobre o Corpo Místico de Nosso Senhor, a Igreja. Entretanto, farei últimas considerações sobre este derradeiro trecho.


Os membros da Igreja são somente os que possuem a verdadeira fé, logo, como os papas conciliares e sua hierarquia perderam a verdadeira fé, deixam de fazer parte da Igreja Católica.


Esta mesma hierarquia se separou voluntariamente do organismo do corpo ao aderir ao modernismo, logo não fazem parte da Igreja Católica.


Esta mesma hierarquia foi cortada do rol da Igreja pela legítima autoridade, Gregório XVI, Pio IX, São Pio X, Pio XII, em razão de culpas gravíssimas (liberalismo e modernismo).


Enfim, esta igreja oficial não é a Igreja Católica. Por mais que se faça malabarismos teológicos para se provar o contrário. Logo, esta hierarquia também não é católica.


Então, a Igreja pereceu, a promessa de Cristo falhou? Claro que não! Cristo não pode falhar! E a Igreja ainda vive com as famílias católicas que sofrem o martírio para manter a verdadeira fé nesta sociedade pagã e satanizada; nos padres que vivem peregrinando sobre esta terra para levar os sacramentos e a verdadeira fé e a sã doutrina a estes fieis; nos bispos que são desconhecidos, perseguidos e presos em qualquer confim do mundo. Mas esta hierarquia atual e oficial não é a católica. Estes homens no poder são agentes do mal a preparar a vinda do Anticristo.


Dirão, ainda, mas existem pessoas boas, com boa fé, até bons católicos nesta nova estrutura. Sim, mas esta é outra história. Dela nos ocuparemos em outro artigo.


Ave Maria Puríssima!


Fonte: https://umasocoisanecessaria.blogspot.com.br/2017/09/os-frades-dominicanos-de-avrille-contra.html

quarta-feira, 30 de agosto de 2017

Alteração na agenda de Missas





Salve Maria!

Pedimos imensas desculpas, mas por motivos de força maior, a Missa que seria dita amanhã (31/08) na Capela Cristo Rei de Ipatinga precisou ser cancelada.

A próxima Missa será dia 01/09 às 19:30hs; lembrando que será a 1ª sexta-feira do mês, que é dedicada ao Sagrado Coração de Jesus.



VIVA CRISTO REI!!!


terça-feira, 29 de agosto de 2017

Missas Tridentinas em Ipatinga


Agenda de Missas - Agosto/Setembro 2017
Rev. Pe. Ernesto Cardozo



01/09 — Sexta-feira — 19:30
02/09 — Sábado — 19:30
03/09 — Domingo — 10:30
04/09 —segunda-feira – 19:30
05/09 —terça-feira – 19:30
06/09 —quarta-feira – 19:30
07/09 — Quinta-feira — 19:30
08/09 — Sexta-feira — 19:30
09/09 — Sábado — 19:30
10/09 — Domingo — 10:30
11/09 —segunda-feira – 19:30
12/09 —terça-feira – 19:30
13/09 —quarta-feira – 19:30
14/09 — Quinta-feira — 19:30
15/09 — Sexta-feira — 19:30
16/09 — Sábado — 19:30
17/09 — Domingo — 10:30


segunda-feira, 28 de agosto de 2017

Entrevista a Dom M. Lefebvre


Entrevista feita a Dom Lefebvre em Ecône, dia 2 de agosto de 1976 e publicada no Figaro dia 4 do mesmo mês.




Dom Marcel Lefebvre, não estará o senhor à beira de um cisma?

Esta é a pergunta que a si próprios fazem muitos católicos após saberem das últimas sanções tomadas por Roma contra nós. Na maioria dos casos, os católicos definem ou imaginam o Cisma como uma ruptura com o Papa. Não levam além sua indagação. Se o senhor vai romper com o Papa ou se o Papa vai romper com o senhor, temos pois um Cisma.

Porque romper com o Papa constitui um Cisma? Porque, onde está o Papa está a Igreja Católica. Logo seria apartar-se da Igreja Católica. Ora, a Igreja Católica é uma realidade mística que existe não apenas no espaço, sobre a superfície da terra, mas também no tempo e na eternidade. Para que o Papa represente a Igreja e seja dela a imagem, é preciso que esteja unido a ela tanto no espaço como no tempo já que a Igreja é uma Tradição viva na sua essência. Na medida em que o Papa se afastar dessa Tradição estará se tornando cismático, terá rompido com a Igreja. Teólogos como São Belarmino, Caetano, o cardeal Journet e muitos outros estudaram essa eventualidade. Não se trata, pois, de uma coisa inconcebível.

Quanto a nós, é o Concílio Vaticano II, suas reformas, suas orientações oficiais que nos preocupam, mais do que a atitude pessoal do Papa, mais difícil de ser perscrutada.

Este Concílio representa, tanto aos olhos das autoridades romanas quanto aos nossos, uma nova Igreja que, aliás, eles próprios chamam de Igreja Conciliar.

Cremos poder afirmar, atendo-nos à crítica interna e externa do Vaticano II, isto é, analisando os textos e estudando seus antecedentes e suas consequências que este Concílio, virando as costas para a Tradição e rompendo com o passado da Igreja, é cismático. Julga-se a árvore pelos frutos. A imprensa mundial, americana e europeia, já reconhece que este Concílio está arruinando a Igreja Católica a tal ponto que mesmo os ateus e os governos laicos começam a se inquietar.

Um pacto de não-agressão foi firmado entre a Igreja e a maçonaria. É o que está mascarado pelas palavras "aggiornamento", "abertura para o mundo" ou "ecumenismo".

A Igreja aceitaria doravante não ser mais a única religião verdadeira, a única via para a salvação eterna. Ela reconheceria como religiões-irmãs as outras religiões. Reconheceria como um direito concedido pela natureza da pessoa humana que esta pessoa é livre de escolher sua religião e que, portanto, a existência de um Estado católico seria inadmissível.

Se admitirmos este novo princípio, temos que mudar toda a doutrina da Igreja, seu culto, seu sacerdócio, suas instituições. Pois tudo, até então, na Igreja, manifestava que Ela era a única a possuir a Verdade, o Caminho e a Vida em Nosso Senhor Jesus Cristo que ela, a Igreja, é a única a deter em pessoa, na Santa Eucaristia, onde, Ele está presente, graças à continuação de seu Sacrifício. Logo é uma inversão total da Tradição e do ensino da Igreja que está se operando, depois do Concílio e pelo Concílio.

Todos aqueles que cooperam nesta reviravolta de valores aceitam e aderem a essa nova Igreja Conciliar – como o próprio Dom Benelli a designa na carta que me dirigiu em nome do Santo Padre em 25 de junho último – e entram no cisma.

O fato de terem sido adotadas no Concílio teses liberais só pode acontecer num concílio pastoral, não infalível e não pode ser explicado sem uma minuciosa e secreta preparação que os historiadores, no futuro, um dia descobrirão, para grande estupefação dos católicos que confundem a Igreja Católica, Romana, Eterna com a Roma humana e susceptível de ser invadida por inimigos vestidos de púrpura.

Como poderíamos nós, por obediência servil e cega, fazer o jogo desses cismáticos que nos pedem colaboração para seus empreendimentos de destruição da Igreja?

A autoridade legada por Nosso Senhor ao Papa, aos bispos e ao sacerdócio em geral está a serviço da fé na Sua divindade e da transmissão de Sua própria vida divina. Todas as instituições divinas ou eclesiásticas estão destinadas a esse fim. O direito e as leis não têm outra finalidade. Servir-se do direito, das instituições e da autoridade para aniquilar a fé católica e impedir que a vida seja comunicada é uma espécie de aborto ou de contraconcepção espiritual. Quem ousará dizer que um católico verdadeiramente digno desse nome, pode cooperar com tal crime pior do que o aborto corporal?»
«Eis porque estamos prontos e submissos para aceitar tudo o que for conforme à nossa fé católica, tal como foi ensinada durante dois mil anos mas recusamos tudo o que lhe é contrário.

Já ouvimos a objeção: "Então cabe a nós julgarmos a fé católica?" Mas não será dever de um católico julgar entre a fé que lhe ensinam hoje e a que foi ensinada e crida durante vinte séculos e que está escrita nos catecismos oficiais como o do Concílio de Trento, o de São Pio X e em todos os catecismos antes do Vaticano II? Como foi que agiram os verdadeiros fiéis diante das heresias? Preferiram dar o sangue a trair sua fé.

Que a heresia venha pelos mais altos dignitários, isso não altera o problema quanto à salvação de nossa alma. Sobre isso há uma ignorância grave entre os católicos quanto à natureza e extensão da infalibilidade do Papa. Muitos pensam que toda palavra saída da boca do Papa é infalível.

Por outro lado, parece-nos muito mais certo que a fé ensinada pela Igreja durante 20 séculos não pode conter erros do que seja certo que o Papa é verdadeiramente Papa. A heresia, o cisma, a excomunhão "ipso facto", a invalidade da eleição, tudo isso são causas eventuais que podem fazer com que um Papa não tenha sido jamais Papa ou não mais o seja. Nesse caso, evidentemente excepcional, a Igreja se encontraria numa situação semelhante àquela em que ela se acha quando morre um Soberano Pontífice.

Um grave problema, diante da consciência e da fé de todos os católicos desde o começo do pontificado de Paulo VI. Como é possível que um Papa, verdadeiro sucessor de Pedro, socorrido pela assistência do Espírito Santo, possa presidir a destruição da Igreja, a mais profunda e extensa da história dela, em tão pouco tempo e de um modo que nenhum heresiarca jamais conseguiu?

A essa pergunta será preciso responder um dia. Mas embora deixando o problema aos teólogos e aos historiadores somos constrangidos pela realidade a responder praticamente, seguindo o conselho de São Vicente de Lérins: "O que deverá fazer o cristão católico se alguma parcela da Igreja venha a se desligar da comunhão da fé universal? Que outro partido tomar senão preferir ao membro gangrenado e corrompido, a parte sã do organismo? E se um contágio ou uma epidemia arrisca envenenar não somente uma pequena parcela da Igreja mas ao mesmo tempo toda Igreja, então, o maior zelo deverá ser o de se unir à antiguidade que evidentemente não pode mais ser seduzida por nenhuma novidade falsificadora".

Estamos pois decididos a continuar nossa obra de restauração do sacerdócio católico aconteça o que acontecer, persuadidos de que não podemos prestar melhor serviço à Igreja, ao Papa, aos bispos e aos fiéis.

Deixem-nos fazer a experiência da Tradição!


Marcel Lefebvre