terça-feira, 1 de março de 2016

Catecismo

CATECISMO DE SÃO PIO X.

PRIMEIRA PARTE. CAPÍTULO X. DO NONO ARTIGO DO CREDO. § 2º — DA IGREJA EM PARTICULAR


158) Por que dizeis que a verdadeira Igreja é SANTA?
Chamo a verdadeira Igreja de SANTA porque Santo é Jesus Cristo, a sua cabeça invisível, santos são muitos dos seus membros, santas são a sua Fé e a sua Lei, santos os seus Sacramentos, e fora d’Ela não há nem pode haver verdadeira santidade.

168) Pode alguém salvar-se fora da Igreja Católica, Apostólica, Romana?
Não. Fora da Igreja Católica, Apostólica, Romana, ninguém pode se salvar, como ninguém pôde se salvar do dilúvio fora da arca de Noé, que era figura desta Igreja.

170) Mas quem se encontrasse, sem culpa sua, fora da Igreja, poderia salvar-se?
Quem, encontrando-se sem culpa sua — quer dizer, em boa fé — fora da Igreja, tivesse recebido o Batismo, ou tivesse o desejo, ao menos implícito, de recebê-lo, e, além disso, procurasse sinceramente a Verdade e cumprisse a vontade de Deus o melhor que pudesse, ainda que separado do corpo da Igreja, estaria unido à alma d’Ela, e, portanto, no caminho da salvação.


CATECISMO DE SÃO PIO X. PRIMEIRA PARTE. CAPÍTULO X. DO NONO ARTIGO DO CREDO. § 6º — DAQUELES QUE ESTÃO FORA DA IGREJA


223) Quem são os que não participam da comunhão dos Santos?
Aqueles que não participam da comunhão dos Santos são, na outra vida, os condenados, e nesta vida aqueles que não pertencem nem à alma nem ao corpo da Igreja, quer dizer, aqueles que estão em estado de pecado mortal e se encontram fora da verdadeira Igreja.

224) Quem são os que se encontram fora da verdadeira Igreja?
Encontram-se fora da verdadeira Igreja os infiéis, os judeus, os hereges, os apóstatas, os cismáticos e os excomungados.

233) Podemos nós auxiliar de alguma maneira aos excomungados?
Nós podemos auxiliar de alguma maneira aos excomungados e todos os outros que estão fora da verdadeira Igreja com advertências salutares, com orações e boas obras, suplicando a Deus que, pela Sua misericórdia, lhes conceda a graça de se converterem à Fé e de entrarem na comunhão dos Santos.

CATECISMO DE SÃO PIO X. SEGUNDA PARTE. DA ORAÇÃO. CAPÍTULO 1. DA ORAÇÃO EM GERAL.


277) Por quem devemos orar?
Devemos orar por todos; isto é, por nós mesmos, pelos nossos parentes, superiores, benfeitores, amigos e inimigos; pela conversão dos pobres pecadores, daqueles que estão fora da verdadeira Igreja, e pelas benditas Almas do Purgatório.

CATECISMO DE SÃO PIO X. TERCEIRA PARTE. PRINCÍPIOS E NOÇÕES FUNDAMENTAIS:


3. De fato, foi assim que Deus revelou a Religião a Adão e aos primeiros Patriarcas, os quais, sucedendo-se uns aos outros e vivendo juntos muitíssimo tempo, a podiam transmitir facilmente uns aos outros, até que Deus Nosso Senhor formou para si um Povo que a guardasse até a vinda de Jesus Cristo, Nosso Salvador, Verbo de Deus Encarnado, que não a aboliu, mas a cumpriu, aperfeiçoou e confiou à custódia da Igreja, por todos os séculos. Tudo isto pode ser demonstrado pela História da Religião, a qual, podemos dizer, se confunde com a História da Humanidade. Donde é coisa manifesta que todas as que se proclamam religiões, fora da única verdadeira revelada por Deus, de que falamos, são invenções dos homens e desvios da verdade, da qual algumas conservam uma parte, misturada, porém, com muitas mentiras e absurdos.

CATECISMO DE SÃO PIO X. TERCEIRA PARTE. BREVES NOÇÕES DE HISTÓRIA ECLESIÁSTICA:


139. SANTA. O fiel que ler com coração reto a história eclesiástica verá resplandecer a santidade da Igreja, não só na santidade essencial de sua Cabeça invisível, Jesus Cristo; na santidade dos Sacramentos, da Doutrina, das Corporações religiosas, de muitíssimos de seus membros, mas também na abundância dos dons celestes, dos sagrados carismas, das profecias e dos milagres com que o Senhor (negando-os a todas as demais sociedades religiosas) faz resplandecer diante do mundo o dote da santidade de que está exclusivamente adornada sua única Igreja. Quem lê com ânimo reto a história eclesiástica fica maravilhado ao contemplar a visível ação da Providência divina, a qual comunica à Igreja a santidade e a vida; e vela por sua conservação. É dela que, desde os primeiros séculos, suscitava aqueles grandes homens, glória imortal do Cristianismo, os quais, cheios de sabedoria e sobre-humana virtude, combateram vitoriosamente as heresias e os erros à medida que iam aparecendo: Santos Padres e Doutores, que “brilharão como estrelas”, segundo a frase bíblica, “na perpétua eternidade” (Daniel 12,3); de cujo unânime e universal consenso sempre se valeu a Igreja, para reconhecer a Tradição e o sentido das Sagradas Escrituras. E não menos maravilha o surgimento providencial, em tempo e lugar oportuno, daquelas Ordens Regulares, aquelas Religiosas Famílias, aprovadas e abençoadas pela Igreja, nas quais, desde o século IV, já florescia a vida cristã e se aspirava à perfeição evangélica, praticando os divinos conselhos nos santos votos de castidade, pobreza e obediência. Ressalta da história que estas Religiosas Famílias, no transcurso dos séculos, se têm sempre sucedido e vão se sucedendo e renovando, com um escopo sempre adequado às diversidades dos tempos e às suas necessidades: ou a oração, ou o ensino, ou o exercício do ministério apostólico, ou a prática multíplice e variada das obras de caridade. E estão sujeitas, como a Santa Madre Igreja, a perseguições furiosas, que amiúde e por algum tempo as oprimem. Mas, como tais institutos pertencem à essência da Igreja pela atuação dos conselhos evangélicos, por isso mesmo não podem perecer de todo. E está provado que a tribulação as purifica e rejuvenesce: e, renascendo noutro lugar, se multiplicam e produzem mais copiosos frutos, restando sempre uma fonte inesgotável da santidade da Igreja.


DO CATECISMO DO CONCÍLIO DE TRENTO

Parte I – Do Símbolo dos Apóstolos – IV Caractéres da Igreja. 1. Unidade intrínseca e extrínseca. a) Pelo Papado. página 170


Eu não sigo outros que não Cristo, como primeiro duce: mas me uno em comunhão com a tua Beatitude, isto é com a cátedra de Pedro, sabendo que sobre esta pedra está edificada a Igreja. Quem comer o cordeio fora desta casa é um estranho; quem não estiver na arca de Noé, percerá nas águas do Dilúvio".

(...)

“2. Santidade”. pp. 172-173


13 O segundo caráter da Igreja é a santidade, como ensina o príncipe dos Apóstolos escrevendo: "Mas vós, estirpe eleita, gente santa" (1 Pt 2,9).

É dita "santa", porque consagrada e dedicada a Deus, como é costume chamar santas todas as coisas desse gênero, inclusive materiais, contanto que ordenadas e destinadas ao culto divino, como por exemplo, na antiga Lei, os vasos sagrados, as vestes, os altares e também os primogênitos que eram dedicados ao Altíssimo.

Nem deve maravilhar que a Igreja seja dita santa, embora contenha muitos pecadores, visto que os fiéis são chamados santos enquanto se tornaram povo de Deus e, mediante a Fé e o Batismo, se consagraram a Cristo, mesmo que depois pequem e não mantenham as promessas feitas.

Do mesmo modo que quem exercita uma arte é sempre chamado artesão, mesmo se não observa os preceitos de sua arte. Por isso São Paulo chama os fiéis de Corinto "santificados" e "santos" (1 Cor 1,2), ainda que seja notório que houvesse alguns que ele gravemente censura como carnais e pior (ibid. 3,1).

Santa é a Igreja porque unida como corpo à sua Santíssima Cabeça, que é Cristo nosso Senhor, fonte de toda santidade, do qual nos vêm os carismas do Espírito Santo e as riquezas da divina bondade.

Muito eficazmente Santo Agostinho, interpretando aquela palavras do Profeta: "Protegei a minha alma porque sou santo", diz: "Ouse mesmo o corpo místico de Cristo, ouse, como um só homem, gridar dos extremos confins da terra e dizer com sua Cabeça e sob a sua Cabeça: "Eu sou santo" pois recebeu a graça da santidade, a graça do Batismo e da remissão dos pecados" (In Psalmos, 85, 2). E logo em seguida acrescenta: "Se é verdade que todos os cristãos e os fiéis, batizados em Cristo, se reverstiram de Cristo, como diz o Apóstolo: ‘Todos vocês que foram batizados em Cristo, vos revestistes de Cristo’ (Gal 3,27); se é verdade que se tornaram membros do Seu corpo, e ainda assim dizem que não são santos, fazem então injúria à Cabeça cujos membros são santos".

Enfim, se acrescente que somente a Igreja possui o culto legítimodo sacrifício e o uso salutar dos sacramentos. Por estes, como por eficazes instrumentos da graça divina, Deus produz a verdadeira santidade, de forma tal que os verdadeiramente santos não podem estar fora desta Igreja.

É claro, então, que a Igreja é santa; e santa porque é o corpo de Cristo, pelo qual é santificada e pelo sangue do qual é lavada.

(...)

“Figuras da Igreja” e “A Arca de Noé”, p. 175


17 As figuras do Antigo Testamento são eficientíssimas para excitar o animo dos fiéis e para chamar à memória belíssimos ensinamentos; por isso, sobretudo,os Apóstolos as utilizaram. Os parócos não negligenciem esta parte do ensinamento, que oferece muitas utilidade.

Um claro significado possui a arca de Noè, que foi construída por ordem divina, só para que nenhuma dúvida ficasse acerca de seu significado relativo à Igreja. Esta, de fato, Deus a construiu de tal forma que quem nela entrar pelo Batismo fica a salvo de todo perigo de morte eterna; enquanto que aquele que estão fora dela permanecem afundados em seus delitos: justamente como ocorreu com aqueles que não entraram na arca. Outra figura é aquela da grande cidade de Jerusalém, cujo nome na Escritura designa muitas vezes a Igreja. Nela somente era lícito oferecer sacrifícios a Deus, porque somente na Igreja, e não fora, se encontra o verdadeiro culto e o verdadeiro sacrifício aceito por Deus.

(...)

Capítulo IV. Do Sacramento da Eucaristia. Corolário: A Eucaristia pressupoe a graça primeira, p. 296


48 Mas os pastores advirtam os fiéis que, quando se diz que a Eucaristia dá a graça, não se deve entender que não seja necessário já estar em graça para receber com fruto este sacramento; pois como aos cadáver não serve o alimento natural, assim à alma, morta no espírito, não servem os sacrados mistérios. Estes apresentam as espécies do pão e do vinho justamente para significar que foram instituídos, não para dar, mas para conservar a vida da alma. Se diz, todavia, que a Eucaristia dá a graça porque também a primeira graça (necessária para receber sobre os lábios a Eucarístia, sem perigo de comer e beber a própria condenação) não se dá se não a quem recebe este sacramento com o desejo e com a aspiração. A Eucaristia, de fato, é o fim de todos os sacramentos e o símbolo da unidade associativa dos membros da Igreja, fora da qual ninguém pode conseguir a graça.

(...)

Sobre os milagres:


“Os membros mortos”, p. 179

24 Aquele que vivem uma vida cristã na caridade usufruem tantos e preciosos dons e benefícios divinos e são justos e caros a Deus.

Enquanto que os membros mortos, isto é, os homens pecadores e afastados da graça de Deus, ainda que não sejam privados do benefício de ser membros do corpo da Igreja, não recebem, porque mortos, aquele fruto espiritual de que usufruem os homens justos e pios. Ainda assim, restam sempre na Igreja, são ajudados por aqueles que vivem segundo o espírito, para que possam recuperar a graça e a vida perdida, colhendo aqueles frutos dos quais são privados aqueles que são totalmente separados da Igreja.

25 E são comuns não apenas aqueles dons que tornam os homens caros a Deus e justos, mas também as graças chamadas “gratis date”, entre as quais estão a ciência, a profecia, o dom das línguas e dos milagres e similares; dons que são concedidos também aos maus por motivo não de utilidade privada, mas pública, para edificação da Igreja. De fato, a virtude das curas é concedida não em benefício de quem a possui, mas de quem é doente.


Mais....

Concílio de Florença (1438-1445): "Firmemente crê, professa e predica que ninguém que não esteja dentro da Igreja Católica, não somente os pagãos, mas também, judeus, os hereges e os cismáticos, poderá participar da vida eterna e irá para o fogo eterno que está preparado para o diabo e seus anjos, a não ser que antes de sua morte se unirem a Ela(...).

São Cipriano (séc. III): "Não há salvação fora da Igreja".

Credo de Santo Atanásio (séc. IV), oficial da Igreja Católica: " Todo aquele queira se salvar, antes de tudo é preciso que mantenha a fé católica; e aquele que não a guardar íntegra e inviolada, sem dúvida perecerá para sempre (...) está é a fé católica e aquele que não crer fiel e firmemente, não poderá se salvar".

0 comentários:

Postar um comentário