sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

O Heresiarca Martin Lutero

     Caros leitores, em vista dos contínuos e recentes elogios que tem por parte dos modernistas a figura do herege Martin Lutero, iniciamos uma série de postagens para dar a conhecer a devassidão de gente que foi este personagem, e não um santo como alguns "católicos" o querem fazê-lo.

 *** 


O Impuro

O que se vai ler é quase só testemunho do próprio “reformador”.

Ele escreve a Melanchton: "Corporalmente estou com saúde e sou bem tratado, porém as tentações e o pecado não me deixam em paz" (Cartas II.189). “Acredite-me, nesta solidão aborrecedora, estou sujeito às tentações de mil demônios... É muito mais fácil lutar contra homens que são diabos em carne, do que contra os poderes da milícia que habita o ar” (Eph. VI. 12). Caio muitas vezes, mas a mão do Senhor me levanta de novo! (Carta III.240. A. Gerbal).

É, então, que ele dirige a Melanchton o famoso ditado: "PECA FORTITER, CREDE FORTIUS – (peca fortemente, mas crê mais fortemente ainda)."

É aí, sobretudo, na ociosidade de seu desterro, que Lutero começa a entregar-se desabridamente às paixões vergonhosas da luxúria, como o atesta a sua correspondência íntima.

Em 1522 ele escreveu a seu amigo Spalatino a carta mais falhofeira e vergonhosa que se pode imaginar onde se lê:

"Sou um famoso namorador... Admiro-me que, escrevendo tantas vezes sobre o matrimônio, et misceor feminis, não tenha ainda virado mulher e tenha casado com uma delas”. “Entretanto, se queres o meu exemplo, tem o seguinte: TIVE JÁ TRÊS ESPOSAS AO MESMO TEMPO, e as amava tão ardentemente que perdi duas delas, que foram procurar outros maridos..”. “Quanto a ti, és um namorador mole não tendo sequer a coragem de ser marido de uma só" (De Wette II. 646).

Pergunto a um homem de bom senso; é esta a linguagem de um reformador ou não é, antes, a correspondência de um vulgar boêmio, de um viúvo alegre?

O padre Leonel Franca fez esta judiciosa observação: (“A Igreja, a Reforma e a civilização” L. II. C. I). “Raras vezes a vida licenciosa vai desacompanhada dos excessos intemperantes da mesa. Em Lutero a febre de concupiscência carnal era estimulada pela embriaguez e pela crápula. No beber, diz ele, não quero que os outros entrem em competição comigo”.

Escreverá mais tarde à sua Catarina: “Vou comendo como um boêmio e bebendo como um alemão, louvado seja Deus!...” Em 1534 escreveu: “Ontem, aqui, bebi mal e depois fui obrigado a cantar; bebi mal, e sento-o muito. Como quisera ter bebido bem, ao pensar que bom vinho e que boa cerveja tenho em casa, e mais uma bela mulher” (De Wette IV. 553).

Escreveu ainda: “Aqui passo todo o dia no ócio e na devassidão” (Ego otiosus hic et crapulosus sedeo tota die) (De Wette II. 6).

Na noite em que o reformador, com companhia de outros, chegou a Erfurt (19 de out. 1522) “... não se fez senão beber e gritar, como de costume”, escreve Melanchton presente à cena “Os excessos do copo chegaram a fazer-lhe mal à saúde”. O motivo destas libações copiosas e estonteantes é confessado pelo próprio Lutero, numa carta dirigida a seu amigo Jerônimo Weller:

"Quando o diabo te vexar com pensamento", diz ele, "palestra com os amigos, bebe mais largamente, joga, brinca ou ocupa-te em alguma coisa. De quando em quando se deve beber com maior abundância, jogar, divertir-se, e mesmo fazer algum pecado em ódio e acinte ao diabo, para não lhe darmos azo de pertubar-nos a consciência com ninharias. Quando te disser o diabo: Não bebas, responde-lhe: Por isso mesmo que me proíbes, é que hei de beber, e em nome Jesus Cristo beberei mais copiosamente...

Por que pensar que eu bebo assim com mais largueza, cavaqueio com mais liberdade, banqueteio-me com mais freqüência, senão para vexar e ridicularizar o demônio que me quer vexar e ridicularizar?...

“TODO O DECÁLOGO SE NOS DEVE APAGAR DOS OLHOS E DA ALMA, a nós tão perseguidos e molestados pelo diabo” (De Wette IV. 188).

Eis Lutero na realidade das suas idéias e da sua vida... e muito longe de ser “o reformador” místico que os protestantes inventaram, de cabeça coroada de louros, ele tem ocultos os pés que rastejam na mais nojenta lama do vício e da podridão.

É triste escrever tais coisas... Infelizmente, tudo isso é verdade.

Mais lamentável ainda é escondê-las, fazendo acreditar que tal homem é um mensageiro de Deus, para restabelecer a pureza do Evangelho e da moral cristã.

Pode haver abusos nos membros da Igreja Católica, mas nunca houve, nem haverá maiores que os do pretenso reformador do catolicismo.

Admitir a missão divina de Lutero é o mesmo que aceitar tenha Deus escolhido a lama para purificar o lodo; a imoralidade para corrigir as misérias humanas; a bebedice e a intemperança par suplantar os defeitos dos homens.

O orgulhoso e desesperado


Lutero blasfemava, exaltava-se, mandava todo o “mundo para o inferno e o Papa para o diabo”. São seus próprios termos; nas horas de calma e de reflexão, porém, este pobre coitado confessava os seus erros do modo mais covarde.

Uma tal averiguação tem sua importância: pois demonstra que a obra, feita por ele, é produto do seu temperamento e de sua paixão, resultado do vício, fruto de uma espécie de cegueira e conseqüência do orgulho desenfreado.

Bastaria tal fato, para um protestante sincero compreender a falsidade da seita fundada por Lutero. O fogoso rebelde pretendeu REFORMAR a Igreja Católica.

De quem lhe veio a missão?
 
De Deus? Não pode ser, pois Lutero ataca a Deus.
 
De zelo pela glória de Deus?
Menos ainda, pois Lutero calca aos pés esta mesma glória, confessando-se arrependido do mal praticado e garantindo que, se pudesse recomeçar a vida, não o faria mais.

Querem prova mais frisante por Lutero produzida contra ele mesmo? Tais confissões encontram-se numerosas na vida do fundador do protestantismo. Recolhamos algumas dentre muitas que nos mostrem o desvario, a paixão do triste DEFORMADOR.

Num desses momentos de lucidez chegou ao ponto de exclamar:

“Se Deus não me tivesse fechado os olhos, e se tivesse previsto estes escândalos, eu nunca teria começado e ensinar o Evangelho” (Walch. Ed. Vol. VI p. 920).

Ele mesmo assevera que “as cidades que o receberam de braços abertos tornaram-se quais novas “Sodomas e Gomorras”, e ele se mostrou admirado de que as portas do inferno ainda não se tivessem aberto “para lançar e chover diabos”.

Em, 1529 Lutero proclamou que as condições morais e sociais, após o advento do protestantismo, se tinham tornado sete vezes piores do que eram antes sob o Papado.

Escutem as suas palavras que explicam o motivo de tudo: “Por que depois de termos aprendido o Evangelho, nós roubamos, mentimos, enganamos, praticamos a glutonia, a embriaguez e toda espécie de vícios”.

“Agora que um demônio foi expulso, sete outros piores do que o primeiro se apossaram de nós, como os podemos ver nos príncipes, senhores, nobres, burgueses e camponeses. Assim eles agem, assim vivem, sem nenhum temor, com desprezo de Deus e de suas ameaças” (Erlangen ed. V 34, p. 441).


Eis mais uma preciosa confissão do inovador, verificando os frutos da sua reforma, e mostrando claramente não acreditar na sua próprio obra, que reputa apenas DEFORMAÇÃO.

“Desde que o novo Evangelho foi pregado, diz ele ainda, as coisas pioraram cada vez mais”. E, no fim, ele não receia dizer que “elas nunca foram piores que agora” (Ib. VII, p. 302).

Depois de tais fato, aliás, certos e históricos, após pesar as conseqüências horrorosas de suas doutrinas bolchevistas, Lutero exclama:

“E tenho ao mundo inteiro inimizade e ódio! Não posso crer no que ensino! Outros, porém, julgam-me completamente convicto. Se fosse mais moço, não pregaria de modo algum e buscaria outra profissão”.

São interessantes tais confidências do pai dos protestantes.

Ele mesmo diz não ter recebido missão nenhuma mas atesta fazer o que faz somente por profissão, mostrando-se arrependido e garantindo CLARAMENTE NÃO ACREDITAR no que ensina.

Contudo, atentemos bem para a confissão do réu. Ele prossegue:
“Ah! Se tivesse previsto que minha empresa me levaria tão longe, teria certamente posto um freio à minha língua. Quantos, digo suspirando, não seduziste com tua doutrina! Sou causa de todas as revoluções atuais... Tal pensamento não me deixa. Sim, desejaria não ter iniciado este negócio."


"A angústia que padeço é para mim um inferno, mas, já que comecei força e sustentá-lo como coisa justa” (Obr. Luppl. Mogúncia 1827).


É impossível palavra mais clara e positiva! Ela desmancha e retrata toda a obra do heresiarca orgulhoso.

É uma sentença de condenação e a retratação de sua obra. Nada de mais explícito, mais horroroso e mais cínico ao mesmo tempo. Reconhece o erro, vê os estragos produzidos, deplora as ruínas, sobre um inferno, mas declara que, tendo começado, quer sustenta como justa a empresa mais hedionda que se possa imaginar, e por ele mesmo conhecida como nefasta e perversa.

Fatos significativos
Palavras assim positivas e claras são confirmadas quanto ao sentido, por um fato histórico, narrado na vida do reformador.

“Passeava ele uma tarde, no seu jardim, com Catarina de Bora, sua companheira. As estrelas luziam com extraordinário esplendor e o céu pareceu em festa. 
- Vês como brilham este ponto luminosos? – Indagou Catarina, apontando para o firmamento estrelado.

Lutero, levantando os olhos exclamou:

- Oh! Deslumbrante iluminação: mas... infelizmente, não é para nós!
- E por quê? – replicou Catarina, seríamos por acaso uns deserdados do reino dos céus?

Lutero suspirou tristemente:

- Talvez, disse, em castigo de termos abandonado nosso estado...
- Seria preciso então voltarmos para ele? – perguntou Catarina.
- É muito tarde, o carro está por demais atolado... retorquiu Lutero, e mudou de conversa.

Que confissão dolorosa e clara!...

Conta-se ainda outro fato na vida do pobre reformador. Certa noite estava ele sentado ao lado de Catarina, esquentando as mãos ao fogo aceso na sala.

Parecia taciturno, contrariado... De repente, pegando pelo o braço da companheira, introduziu-lhe a mão violentamente no meio das chamas.
Catarina soltou um grito...

- Que tens, mulher, disse Lutero, sombrio e zombeteiro; que há? 
-Precisamos acostumar-nos ao fogo pois é o que nos espera no outro mundo!

Vê-se, nestes fatos, transparecer a consciência atormentada de remorsos do heresiarca, e o bom senso e a verdade cominarem por instantes os apetites e as paixões.

Terminemos estes depoimentos com um último, mais expressivo ainda que os precedentes, porquanto é o brado do AMOR FILIAL que às vezes sobrevive às ruínas de todas as outras afeições.

Quando o reformador estava no fastígio de sua revolta, caiu mortalmente enferma a velha mãe de Melanchton, que se fizera protestante a conselho do filho.

O mal fez rápidos progressos e em breve a velhinha viu-se à beira do túmulo.. Melanchton, que a amava, falou-lhe de Deus, e exortou-a e reconciliar-se com Ele.

A velhinha compreendeu e, juntando as últimas forças, perguntou: meu filho, sê sincero, agora, que estou para morrer; dize-me se é melhor morrer como protestante ou como católica.
O apóstata não hesitou.

- Minha mãe, disse ele, inclinando a cabeça, não vos posso enganar neste momento; o protestantismo é talvez melhor para nele se viver; mas O CATOLICISMO É MELHOR PARA NELE SE MORRER.

O protestantismo, permitindo tudo, pode ser mais cômodo para a vida, mas o Catolicismo vale mais para nos dar uma boa morte, após nos garantir uma vida boa, porque só ele tem as promessas da eterna salvação.​


(Trechos do livro 'O diabo, lutero e o protestantismo', Pe. Júlio Maria)

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