quarta-feira, 16 de julho de 2014

Milagres do Escapulário de Nossa Senhora do Carmo.



"Nenhuma devoção foi até hoje confirmada com maior número de autênticos milagres do que o Escapulário do Carmo". SAINT CLAUDE DE LA COMOMBIERE, director espiritual de Santa Margarida Maria.



Primeiro milagre.

Precisamente no mesmo dia em que Nossa Senhora deu o Escapulário a São Simão Stock, foi este chamado à pressa por Lord Peter de Linton: "-Venha depressa, Padre, porque o meu irmão está à morte, em desespero!" São Simão Stock partiu imediatamente para junto do moribundo. Mal chegou, lançou sobre aquele homem o seu grande Escapulário, pedindo a Nossa Mãe Santíssima que não deixasse de cumprir a Sua promessa. Imediatamente o homem se arrependeu, tendo falecido na Graça e no Amor de Deus. Nessa mesma noite o falecido apareceu a seu irmão e disse-lhe: "-Eu fui salvo pela mais poderosa das Rainhas, e o manto daquele homem foi para mim um escudo."

Degolado salvo

Num internato daquela cidade, estudava um rapaz muito querido por seu bom comportamento e sucesso nos estudos. Um dia pediu licença para ir até sua cidade, não longe de Granada. Mas, à hora combinada, não voltou, nem no dia seguinte. Os professores mandaram alguém até a casa dos parentes, para saber o que teria ocorrido, mas ficaram surpresos em saber que ele lá não tinha aparecido.

Apreensivos, deram uma busca em seu quarto e só notaram a ausência da navalha com que costumava se barbear. Uma terrível suspeita levantou-se e imediatamente os mestres comunicaram o fato às autoridades e começaram as buscas para ao menos encontrar o corpo do rapaz. 

Passados três dias de angustia, dois homens faziam o percurso de Granada à cidade em que morava o rapaz, quando sentiram um impulso interior para aproximar-se de um poço artesiano abandono, que ficava um pouco afastado do caminho. Depois de ter sido perfurado 80 metros, fora abandonado. A 30 metros havia uma saliência para servir de descanso a quem descesse. Conservava ainda um cabo, pelo qual se podia descer até quase o fundo. 

Como não se podia ver nada em seu interior, por causa da escuridão, um dos homens jogou dentro uma pedra. No mesmo instante ouviu-se um gemido humano. Atônito, para certificar-se do fato, atirou outra. Aí ouviu-se claramente uma voz que dizia: 

- Não atire mais, pois vai matar-me! 

Impressionados, os dois correram à cidadezinha para dizer. A noticia correu como rastilho de pólvora, pois toda a população estava ansiosa para ter notícias do desaparecido rapaz. Assim, acorreu ao local o povoado todo, com autoridades e o vigário à frente. 

Um indivíduo, atado a uma corda, deslizou para o interior do poço. Ao chegar à saliência aos 30 metros de profundidade, viu um corpo ferido que fazia esforços para não cair. As profundezas. Pediu que descessem um cesto, e nele colocou cuidadosamente o corpo. 

Na superfície, todos viram tratar-se do estudante desaparecido. Apresentava tão profundo talho no lado esquerdo do peito e do pescoço, que a cabeça mal podia manter-se unida ao corpo. TINHA COMPLETAMENTE SECIONADAS A FARINGE E A LARINGE QUE, PARA QUE PUDESSE FALAR, FOI NECESSÁRIO POR-LHE A CABEÇA DE MANEIRA QUE ENCAIXASSE NAS PARTES SECIONADAS. Ninguém compreendia como é que podia manter-se com vida... 

Ao ver o sacerdote, o infeliz abraçou-lhe as pernas e pediu-lhe que o atendesse imediatamente em confissão, declarando publicamente que, num ato de loucura, tinha deslizado pelo cabo do poço, onde quis suicidar-se. Mas quando já estava ferido de morte, veio-lhe o Pensamento do inferno, e pediu perdão e misericórdia a Nossa Senhora; e passou três dias e três noites naquela angustia. 

Reconciliado com Deus, após confessar-se com o sacerdote, pouco depois faleceu. 

Os médicos da faculdade de Medicina não puderam explicar como pode viver aquele rapaz durante três dias, materialmente degolado, numa profundidade em que o frio de janeiro é terrível, pois está próximo à Serra Nevada. Quando quiseram suturar-lhe o pescoço, sua carne estava tão endurecida pelo frio, que se quebravam as agulhas. 

O QUE A CIÊNCIA NÃO PODE EXPLICAR, PÔDE-O A FÉ, POIS O JOVEM SUICIDA TRAZIA CONSIGO O SANTO ESCAPULÁRIO DO CARMO.


Conversão

Conta um sacerdote que um dia, numa pequena cidade perto de Chicago, foi chamado à cabeceira de um homem que havia muitos anos estava afastado dos Sacramentos. "O homem não queria ver-me, e decerto não quereria falar. Pedi-lhe então que olhasse para o pequeno Escapulário que eu segurava na mão. ‘Era capaz de usar isto, se eu lho pusesse? Não lhe peço mais nada’.  O homem aceitou usá-lo, e em menos de uma hora queria confessar-se, ficando em paz com Deus.

Escapulário intacto. 

Santo Afonso Maria de Ligório diz-nos: "Os hereges modernos troçam do uso do Escapulário. Desacreditam-no como coisa absurda." No entanto sabemos que muitos Papas o aprovaram e recomendaram. É digno de nota que, apenas 25 anos depois da visão do Escapulário, morria o Papa São Gregório X tendo sido sepultado com o Escapulário que usava. Quando o seu túmulo foi aberto passados 600 anos, o Escapulário foi encontrado intacto.

Dois grandes fundadores de Ordens Religiosas – Santo Afonso Maria, dos Redentoristas, e São João Bosco, dos Salesianos – tinham uma devoção muito especial a Nossa Senhora do Carmo e ambos usaram o Seu Escapulário Castanho. Quando morreram, foram ambos sepultados com as suas vestes sacerdotais e os Escapulários. Muitos anos mais tarde as sepulturas foram abertas: tanto os corpos como as sagradas vestes em que tinham sido sepultados não eram mais do que pó! PORÉM, O ESCAPULÁRIO CASTANHO QUE CADA UM USAVA ESTAVA PERFEITAMENTE INTACTO. O Escapulário de Santo Afonso Maria está exposto em Roma, no Mosteiro por ele fundado.

Proteção contra o Demónio

Compreenderá melhor por que razão as ciladas do Demónio se erguem contra aqueles que divulgam o uso do Escapulário, quando ouvir a história do Venerável Francis Ypes. Um dia caiu-lhe o Escapulário que trazia. Enquanto o colocava de novo, ouviu o Demónio que lhe uivava: "Deita fora esse manto que arrebata do Inferno tantas almas!" Então, e de imediato, o Venerável Francis Ypes tratou de humilhar o Inimigo, fazendo-o reconhecer aquilo que os diabos mais receiam: o Santíssimo Nome de Jesus, o Santíssimo Nome de Maria e o Santo Escapulário do Carmo.

Nossa Senhora protege um Missionário

Certo dia, em 1944, um missionário carmelita da Terra Santa foi chamado a um campo de internamento, para ministrar o Sacramento da Extrema Unção. Ia de camioneta, e o condutor, que era árabe, mandou sair o sacerdote uns seis quilómetros antes de chegar ao campo, porque o caminho estava muito perigoso devido a tanta lama. E era tanta, realmente, que, depois de ter andado três quilómetros, o missionário notou que os pés se lhe iam enterrando cada vez mais no lodo. Tacteando para encontrar terreno firme, acabou por escorregar para um poço de lama. Sentindo-se afundar – até que iria morrer, sem qualquer socorro e em lugar tão deserto –, lembrou-se de Nossa Senhora e do Seu Escapulário. Pegou no seu longo Escapulário – que usava por estar vestido de frade –, beijou-o e, erguendo os olhos para a santa montanha do Carmelo (lugar onde nascera a devoção à Mãe de Deus), gritou: "Nossa Senhora do Carmo! Mãe Santíssima! Ajudai-me! Salvai-me!" E logo no momento seguinte se encontrou em terreno firme. Mais tarde, foi o próprio que contou: "Sei que fui salvo pela Virgem Santíssima por meio do seu Escapulário Castanho. Perdi os sapatos dentro daquele lodo, todo eu estava coberto de lama ¼ mas consegui ainda andar os outros três quilómetros que faltavam, louvando sempre a Nossa Senhora."

Salvos da tempestade no mar

Outra história do Escapulário que merece ser contada sucedeu em 1845. Pelo final do verão desse ano, o barco inglês "Rei do Oceano" viu-se de repente no meio de uma feroz tempestade. O vento e o mar açoitavam o navio sem piedade; e um pastor protestante com a mulher e os filhos, e outros passageiros, conseguiram chegar à coberta onde pediam a Deus misericórdia e perdão pelos seus pecados, pois a todos parecia que iam morrer. Entre a tripulação havia um jovem irlandês, John McAuliffe. Ao ver a gravidade da situação, abrindo a camisa, o jovem agarrou no seu Escapulário, tirou-o e, fazendo com ele o Sinal da Cruz por sobre as ondas encapeladas, lançou-o ao mar. Nesse preciso momento, o vento acalmou-se. Só uma onda mais varreu o convés: trazia consigo o Escapulário que ficou pousado aos pés do rapaz. Durante todo este tempo, o pastor protestante (Sr. Fisher) não deixou de observar cuidadosamente os movimentos do jovem e, depois, o efeito miraculoso do que ele fizera. Perguntou ao jovem a que se devia tudo aquilo, e por ele soube da Santíssima Virgem e do Seu Escapulário. Sr. Fisher e a sua família ficaram tão impressionados que se mostraram resolvidos a converter-se à Igreja Católica logo que possível, para assim poderem gozar da mesma protecção do Escapulário de Nossa Senhora.

Uma casa salva de um incêndio

Ainda mais perto dos nossos dias, em Maio de 1957, um Sacerdote carmelita na Alemanha publicou uma história extraordinariamente assombrosa de como o Escapulário tinha livrado uma casa de um incêndio. Era uma fila inteira de casas que se tinha incendiado em Westboden, na Alemanha. Ora, numa das casas dessa rua viviam duas piedosas famílias que, ao verem deflagrar o fogo, imediatamente penduraram um Escapulário na porta de entrada. As faúlhas saltavam em redor e voavam sobre aquela casa; mas ela conservou-se intacta. Em 5 horas, 22 casas foram reduzidas a cinzas – porém, a única construção intacta no meio da destruição geral era a que tinha o Escapulário preso na porta. As centenas de pessoas que vieram ver o lugar que Nossa Senhora tinha salvo são testemunhas oculares do poder do Escapulário e da intercessão da Santíssima Virgem Maria.

Um acidente de comboio

Mas um dos mais extraordinários acontecimentos devidos ao Escapulário aconteceu precisamente aqui, nos Estados Unidos. Nos princípios do século XX, na cidade de Ashtabula, Ohio, um homem foi trucidado por um comboio que o cortou em duas partes. Ora esse homem usava o Escapulário. Pois em vez de morrer de imediato, como seria de esperar, ainda ficou vivo e CONSCIENTE por mais 45 minutos – o tempo necessário para que um sacerdote pudesse chegar e ministrar-lhe os Últimos Sacramentos. Estes e outros casos semelhantes mostram bem como a nossa Mãe Santíssima nos toma ao Seu cuidado pessoal na hora da nossa morte. Tão alta e poderosa Mãe – Santa Maria – nunca nos faltará com a promessa do Escapulário: cuidar de nós para que morramos na Graça de Deus e tenhamos a vida eterna.

Salva a vida de um Sacerdote

Um outro milagre do Escapulário diz respeito a um Sacerdote francês que partira em peregrinação. Já de caminho para celebrar Missa, lembrou-se de que esquecera o seu Escapulário. Mesmo sabendo que se atrasaria se voltasse atrás para o ir buscar, não hesitou em o fazer, pois não podia sequer imaginar-se a celebrar Missa no altar de Nossa Senhora sem usar o Seu Escapulário. Mais tarde, quando já celebrava o Santo Sacrifício, um jovem aproximou-se do altar, puxou de uma arma e alvejou o Sacerdote pelas costas. Para espanto de todos, o Padre continuou a rezar as orações da Missa como se nada tivesse acontecido. A princípio, pensou-se que a bala tivesse milagrosamente falhado o alvo. Mas depois, observando com cuidado, verificou-se que a bala TINHA FICADO RETIDA, ENCRAVADA NO PEQUENO ESCAPULÁRIO CASTANHO que o Sacerdote, tão obstinadamente se recusara a deixar esquecido.

Um chamamento ao fervor

Um oficial da Força Aérea, no Texas, escrevia estas palavras em Outubro de 1952: "Há uns seis meses, pouco tempo depois de começar a usar o Escapulário, experimentei uma mudança notável na minha vida: quase de seguida comecei a ir à Missa todos os dias e, daí a pouco tempo, a receber sempre a Sagrada Comunhão. Vivi a Quaresma com um fervor que até então nunca tinha sentido. Assim fui iniciado na prática da meditação, e dei por mim a realizar pequenas tentativas no caminho da perfeição. Tenho tentado sempre viver próximo de Deus, e sei que o devo ao Escapulário de Nossa Senhora."

A necessidade de usar o Escapulário

Durante a Guerra Civil de Espanha, na segunda metade dos anos 30, sete comunistas foram condenados à morte devido aos sues crimes. Um Padre carmelita prontificou-se a prepará-los para a morte – mas eles recusaram. Como um último recurso de aproximação, o Sacerdote trouxe-lhes cigarros, alguma comida e vinho, e garantiu-lhes que não lhes iria falar de religião. Não demorou muito para que todos se tornassem simpáticos, de modo que o Padre perguntou, então, se podia pedir-lhes um pequeno favor: "-Dão-me licença de lhes colocar, a cada um, um Escapulário?" Seis concordaram, mas o outro recusou. Dali a pouco, os que tinham consentido em usar o Escapulário confessaram-se. O sétimo continuou a recusar; no entanto, para lhes ser agradável pôs um Escapulário, mas logo disse que não faria mais nada. Ao amanhecer, quando se aproximou o momento da execução, o sétimo condenado reafirmou não querer pedir a presença de um Padre: apesar de trazer o Escapulário, continuava decidido a morrer como inimigo de Deus. Chegara o fim: dada a ordem de comando, o pelotão de fuzilamento executou o seu mortífero dever, e sete cadáveres tombaram, jazendo no pó. Misteriosamente, apareceu um Escapulário afastado dos cadáveres cerca de uns 50 passos: daqueles homens, seis morreram COM o Escapulário de Nossa Senhora; e o sétimo SEM o Escapulário.

Livres de queda de avião e queimaduras

Na Guatemala, um missionário jesuíta conta um caso da protecção do Escapulário de Nossa Senhora. Foi no ano de 1955; em Novembro, caiu um avião que transportava 27 passageiros. Todos morreram menos uma jovem que, ao ver que o avião se despenhava, se agarrou ao seu Escapulário pedindo à Santíssima Virgem que lhe acudisse! Sofreu queimaduras, a roupa ficou-lhe reduzida a cinzas, mas o Escapulário nem sequer foi tocado pelas chamas.
Nesse mesmo ano de 1955, um milagre semelhante ocorreu num Estado do Oeste americano. Um rapazinho da 3ª classe parou numa bomba de gasolina para encher os pneus da bicicleta e, nesse preciso momento, deu-se uma explosão. A roupa do menino ficou toda queimada, mas não o seu Escapulário Castanho – que ficou intacto, como símbolo da protecção da Virgem Santa Maria. O rapazinho de então é hoje um homem de idade madura. Ainda tem algumas cicatrizes da explosão, mas continua a recordar de um modo especial a protecção que recebeu da Mãe Santíssima num caso de tão grande perigo.


Fonte: Fragmentos do livro "Nihil Obstat – Reverendo Padre Lawrence A. Deery"

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