quinta-feira, 28 de março de 2013

Recesso até Domingo.

Em razão da viajem que faremos ao Mosteiro da Santa Cruz ( Nova Friburgo - RJ) o blog estará de recesso  até o Domingo de Páscoa.
Por isso postamos com antecedência algumas meditações sobre os divinos mistérios que vamos celebrar nos próximos dias.

Feliz Páscoa!

VIGÍLIA PASCAL


VIGÍLIA PASCAL

A Vigília Pascal é o cume do ano litúrgico. Sua celebração se realiza de noite; mas de maneira a não começar antes do início da noite e a terminar antes da aurora do Domingo.

Frutos da Ressurreição de Jesus Cristo

“Vós, que haveis sido instruídos na escola de Jesus, deveis ter aprendido a despojar-vos do homem velho e revestir-vos do homem novo, criado segundo Deus em justiça e santidade” (Ef 4, 21-24). O velho homem, de que fala o apóstolo, é esse composto de orgulho, amor próprio, egoísmo, sensualidade, más inclinações, instintos depravados, o qual vive em nós desde a queda original e que tende a submeter-nos a Satanás e ao pecado. Jesus Cristo morreu para dele nos libertar, e insiste conosco a que trabalhemos com Ele para a destruição deste mal.

SEXTA-FEIRA SANTA




SEXTA-FEIRA SANTA

Nosso Senhor Jesus Cristo na Cruz

1.° Ignomínia do patíbulo em que Jesus expira

A cruz era o suplício dos escravos, isto é, daqueles a quem a antiguidade negava a dignidade e os direitos do homem, e que eram nivelados de certo modo aos irracionais. Nunca se ouviu dizer que um homem livre passasse por essa desonra, considerada como um opróbrio pelo mundo inteiro. Entre os judeus, a própria Escritura parecia ter esse mesmo sentimento, lançando a maldição sobre o infeliz levantado na cruz. Maldito o que pende no madeiro (Dt 21, 23). Na Judéia afastavam-se todos com horror do homem suspenso no madeiro da cruz; pois nele só se pregavam os maiores criminosos, os seres mais vis e degradados. Jesus, santidade incriada e grandeza infinita, por que quereis que assim vos tratem tão indignamente? Ides ainda além dessa humilhação predita pelos profetas e pareceis gloriar-vos disso, oferecendo-vos aos inimigos e deixando-vos pregar e levantar nesse patíbulo infamante, onde vos tornais espetáculo de ignomínia para o céu e a terra! A vossa humilhação dá o golpe decisivo no nosso orgulho. Como? Um Deus, o Rei imortal, o Criador do universo é saturado de opróbrios e vilanias, e nós nos queixamos quando ignorados, esquecidos e ofendidos? E queremos ainda ocupar o primeiro lugar na estima e afeição das criaturas!

QUINTA-FEIRA SANTA



QUINTA-FEIRA SANTA
 MISSA COMEMORATIVA DA CEIA DO SENHOR

A ÚLTIMA CEIA

1° Primeira parte da última ceia

No dia dos ázimos, diz são Lucas (22), Jesus mandou a Pedro e João preparar a Páscoa. “Entrando na cidade, disse-lhes, encontrareis um homem a carregar água; segui-o até a casa a que se dirige, e falai ao pai de família; este vos mostrará uma grande sala mobiliada, preparai lá o que é necessário”. A Páscoa simboliza aqui a Eucaristia. A sala mobiliada é a alma em estado de graça, enriquecida de virtudes sobrenaturais e dos dons do Espírito Santo. Pedro e João representam a fé e o amor que devem dispor-nos a receber o Homem-Deus.

quarta-feira, 27 de março de 2013

Nossa Senhora das Dores


NOSSA SENHORA DAS DORES


Na quarta-feira santa, celebra-se a história do encontro do Nosso Senhor dos Passos com a Nossa Senhora das Dores.

A devoção à Nossa Senhora das Dores tem origem na Tradição, que conta o encontro de Maria com seu filho Jesus, a caminho do Calvário.

segunda-feira, 25 de março de 2013

Certeza moral e crise da Igreja

Sidney Silveira

Quando a consciência de um homem é assaltada por dúvidas positivas em matéria grave, qualquer ação é, em si mesma, ilícita — como ensinam os bons manuais de Teologia Moral. Isto pelo seguinte fato:quem leva uma ação a cabo com consciência duvidosa a respeito de sua própria licitude aceita, temerariamente, a possibilidade de ofender a Deus e ao próximo. Noutras palavras, em caso de dúvida ou impossibilidade de chegar a uma certeza absoluta, é necessário reunir elementos suficientes para a inteligência alcançar o estado que os grandes tratadistas católicos chamam de certeza moral. Antes disso, convém não iniciar nenhuma ação.

sábado, 23 de março de 2013

quinta-feira, 21 de março de 2013

OS FIÉIS TEM O DIREITO DE SABER




Tradução: Capela Nossa Senhora das Alegrias - Vitória/ES
Observação a respeito da tradução: capela@nossasenhoradasalegrias.com.br

LASAPINIÈRE

“Os fiéis tem todo o direito de saber que os sacerdotes aos quais se dirigem não estão em comunhão com uma falsificação de Igreja, evolutiva, pentecostalista e sincretista” (Carta aberta a Sua Eminência Cardeal Gantin, Prefeito da Congregação dos Bispos, Ecône, 6 de julho de 1988, Fideliter N° 64, julho-agosto de 1988, págs.. 11-12)

Não se trata de um “zelo amargo” nem de “atuar com uma dureza contínua”, mas de constatar certo liberalismo na Fraternidade. Os fatos estão ali e nada se pode contra os fatos.

Não se trata de culpar todo aquele que não esteja de acordo com nosso ideal, se trata de constatar e de se interrogar sobre o fato de que os sacerdotes da Fraternidade não atuam segundo o ideal da Fraternidade. A conduta doutrinal excelente de tal superior, o zelo detal prior pode esconder esta realidade ante nossos olhos, mas é um fato que, influenciados pelos exemplos e os discursos de nosso Superior Geral, certos confrades, possuindo a etiqueta “Fraternidade Sacerdotal São Pio X” se conduzem à prática como os que já aderiram à Roma, e isto até mesmo antes da adesão à Igreja Conciliar.

Os fiéis tem todo o direito de saber que um prior, durante uma sessão de teologia, notou que não podia dizer: “Bento XVI é um modernista”. Este prior confiou também a um confrade de já não poder, em consciência, rezar aos fiéis pela “conversão de Roma e dos bispos”, intenção que é parte das intenções da Fraternidade (Cor Unum nº 35)

Os fiéis tem todo o direito de saber que dois priores confiaram ao Superior de um Distrito importante que estavam prontos para celebrar a Missa Paulo VI (1º canon). O que se une à observação de Mons. Fellay ao cardeal Cañizares durante uma visita de uma badia “NovusOrdo” perto de Florença [Itália].

“Se Mons. Lefebvre tivesse conhecido como se celebrara ali, não teria dado o passo que deu”.

É zelo amargo escandalizar-se com estas reações? Os cardeais Bacci e Ottaviani não teriam aprovado o “breve exame crítico” por convite de Mons. Lefebvre, se tivessem visto “como se celebrava a Missa ali?

Os fiéis tem todo o direito de saber que em Kansas City um sacerdote repreendeu a um fiel, senhor B., por falar mal do “Novus Ordo”. Este sacerdote lhe disse: “agora já não se fala assim”. 

terça-feira, 19 de março de 2013

Artigos sobre a Sempre Virgem Maria Santíssima | blog Vas Honorabile

19/03 - São José

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“Tomei a São José por meu advogado e protetor e não me lembro de ter-lhe pedido algo que não me atendesse. É de pasmar a enormidade de graças que Deus me tem concedido por sua intercessão e o número de perigos da alma e do corpo de que tem me livrado. Quisera persuadir o mundo inteiro a ser devoto deste glorioso Santo pela grande experiência que tenho dos bens que ele concede. Contento-me, porém, em pedir, pelo amor de Deus, que o experimente quem nele crer e verá por si mesmo, que imensos bens é recomendar-se o cristão ao glorioso Patriarca e ser seu devoto”. -Santa Teresa d'Avila

“José conduz-nos diretamente a Maria e, por Maria, a Jesus, fonte de toda a santidade” -Bento XV.

“São José, amo-o muito, tanto que não posso começar ou concluir minha tarefa diária sem que a minha primeira palavra e meu último pensamento sejam para ele” -João XIII

O único Santo que apareceu em Fátima além de Nossa Senhora foi São José que tinha o Menino Jesus nos braços e deu a bênção às 70.000 pessoas presentes, três vezes. Referem-se a ele dizendo: “O som da vitória sera ouvido quando os fiéis reconhecerem a santidade de São José.” 



Abaixo algumas imagens para relembrar a vida do Glorioso São José:

Vida de São José

(Rev. Alban Butler (1711-73) – Vol. III – Março – A Vida dos Santos, 1866.)





O GLORIOSO São José era descendente direto dos grandes reis da tribo de Judá, e dos mais ilustres patriarcas; mas sua verdadeira glória consistiu em sua humildade e virtude. A história de sua vida não foi escrita por homens, mas suas ações principais foram registradas pelo próprio Espírito Santo. Deus delegou-lhe a educação de seu divino Filho, manifestado na carne. Para este fim, ele esposou a Virgem Maria. É um erro evidente de alguns autores considerar que, de uma ex-mulher, ele fosse pai de São Tiago Menor, e de outros que nos evangelhos são referidos como irmãos do Senhor: pois havia apenas primos-primeiros de Cristo, os filhos de Maria, irmã da Virgem Santíssima, esposa de Alfeu, que ainda vivia no tempo da crucificação do Redentor. São Jerônimo assegura-nos[1] que São José sempre preservou sua castidade virginal; e é de fé que nada contrário a isto jamais ocorreu em relação à sua casta esposa, a Virgem Maria Santíssima. Ele lhe foi dado pelo céu para ser o protetor de sua castidade, para defendê-la de calúnias na ocasião do nascimento do Filho de Deus, e para assisti-la na educação d’Ele, em sua caminhada, fatigas e perseguições. Quão imensa foi a pureza e santidade daquele que foi escolhido como guardião da mais imaculada Virgem! Este homem santo parece ter desconhecido, por tempo considerável, o grande mistério da Encarnação, que fora nela forjado pelo Espírito Santo. Consciente, contudo, de seu próprio comportamento casto em relação a ela, era natural que uma grande preocupação surgisse em seu interior, ao descobrir que, não obstante a santidade do comportamento dela, com toda a certeza ela estava grávida. Mas sendo um homem justo, como as Escrituras o chamam, e conseqüentemente possuidor de todas as virtudes, especialmente a caridade e a mansidão em relação ao próximo, ele estava determinado a deixá-la em segredo, sem condená-la ou acusá-la, entregando tudo a Deus. Estas suas perfeitas disposições foram tão aceitáveis a Deus, o amante da justiça, caridade e paz, que antes que ele executasse o planejado, Ele enviou um anjo do céu, não para repreender qualquer coisa de sua santa conduta, mas para dissipar todas as suas dúvidas e temores, revelando-lhe o adorável mistério. Quão felizes seríamos se fossemos tão delicados em tudo que se relacionasse à reputação do próximo; tão livres de maus pensamentos ou suspeições, qualquer que fosse a certeza que fundamentasse nossas conjecturas ou nossos sentidos; tão controlados em usar nossa língua! Cometemos estas faltas somente porque, em nossos corações, somos desprovidos daquela verdadeira caridade e simplicidade da qual São José nos deu tão eminente exemplo naquela ocasião.

Podemos admirar em secreta contemplação, com que devoção, respeito e delicadeza ele contemplava e adorava o primeiro de todos os homens, o recém-nascido Salvador do mundo, e com que fidelidade ele se desincumbia de suas duas responsabilidades, a educação de Jesus e a guarda de sua santa mãe. “Ele foi verdadeiramente o servo fiel e prudente,” diz São Bernardo,[2] “a quem nosso Senhor nomeou para o chefe do lar, o conforto e apoio de Sua mãe, Seu padrasto, e o mais fiel colaborador na execução de seus mais profundos conselhos na terra.” “Que felicidade,” diz o mesmo padre, “não somente ver Jesus Cristo, mas também ouvi-Lo, carregá-Lo em seus braços, levá-Lo a lugares, abraçá-Lo e acariciá-Lo, alimentá-Lo, compartilhar todos os grandes segredos que eram ocultados dos príncipes deste mundo.”
“Oh, assombrosa elevação! Oh, incomparável dignidade!” clama o piedoso Gerson,[3]numa devota alocução a São José, “que a mãe de Deus, rainha dos céus, o chame de senhor; que o próprio Deus feito homem o chame de pai e obedeça suas ordens. Oh, gloriosa Tríade na terra, Jesus, Maria e José, que família mais querida à gloriosa Trindade nos céus, Pai, Filho e Espírito Santo! Nada é tão grande na terra, tão bom, tão excelente.” Em meio a estas graças extraordinárias, que coisa há mais maravilhosa que sua humildade! Ele oculta seus privilégios, vive como um homem obscuro, não escreve nada acerca dos grandes mistérios de Deus, não indaga mais nada sobre os mistérios de Deus, deixando a Deus a decisão de manifestá-los em Seu próprio tempo, procura cumprir a ordem da providência a seu respeito, sem interferir com qualquer coisa, exceto a que lhe diz respeito. Embora descendente da família real que tivera uma longa possessão do trono da Judéia, ele se contenta com sua condição de mecânico e artesão,[4] de cujo trabalho tira o sustento para manter a si próprio, a sua esposa e a seu divino filho.

segunda-feira, 18 de março de 2013

Os ideais de São Francisco de Assis.


franciscoO ideal de São Francisco de Assis no atinente a Santíssima Eucaristia, podemos ver pela carta que escreveu aos Clérigos. Ei-la:
“Consideremos todos nós clérigos o grande pecado e ignorância que alguns manifestam com relação ao Santíssimo Corpo e Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo e seu santíssimo nome e palavras escritas que tornam santamente presente o Corpo (de Cristo). Sabemos que o Corpo não pode estar presente se antes não for tornado presente pela palavra. Pois nada temos nem vemos corporalmente dele, do próprio Altíssimo, neste mundo, senão o Corpo e Sangue, os nomes e as palavras pela quais fomos criados e remidos da morte para a vida.

“Comentários Eleison” CCXCVI (16 de março de 2013) :

DIGNIDADE INDIGNA

Uma leitora argumentou em favor do Vaticano II ensinando sobre a liberdade religiosa. Com certeza vale à pena analisar os argumentos dela, mesmo que o assunto tenha frequentemente aparecido nos “Comentários Eleison”, porque é vital para os católicos de hoje que compreendam completamente a falsidade daquele ensino. O que o Concílio ensinou no parágrafo n.2 de sua Declaração Sobre a Liberdade Religiosa (Dignitatis Humanae) é que todos os homens devem ser livres de toda coerção por qualquer outro homem ou grupo de homens quando atua em privado ou em público de acordo com suas crenças.
Ao contrário, em todo o caminho até o Vaticano II a Igreja Católica ensinou constantemente que cada Estado, ao incorporar a autoridade civil de Deus sobre as criaturas humanas de Deus, é obrigado, assim, a usar essa autoridade para proteger e favorecer a única verdadeira Igreja de Deus, a Igreja Católica do Deus Encarnado, Nosso Senhor Jesus Cristo. Obviamente, Estados não-católicos serão condenados mais por sua falta de fé do que por não proverem proteção civil a essa fé. Além disso, Estados Católicos podem evitar proibir o culto público das falsas religiões onde tal proibição causará mais dano do que bem para a salvação das almas dos cidadãos. Mas o princípio se mantém intacto: os Estados de Deus devem proteger a verdadeira religião de Deus.
De fato, o ensino Conciliar implica tanto que os Estados não são de Deus, ou que não há nenhuma verdadeira religião de Deus. De qualquer modo, isso está implicitamente liberando o Estado de Deus, e então pondo a liberdade do homem acima dos direitos de Deus, ou, simplesmente, o homem acima de Deus. Por isso o Arcebispo Lefebvre disse que o ensino Conciliar era blasfemo. E não adianta dizer que os outros parágrafos da DH contêm bons ensinamentos católicos. Um corte do iceberg foi o bastante para afundar o Titanic. Somente o item 2 da DH é o bastante para afundar a doutrina católica. Mas vejamos os argumentos em defesa do ensino do Concílio.
1 A DH é parte do Magistério Ordinário da Igreja, que deve ser levado seriamente.
A DH veio dos Magisters da Igreja, ou mestres, sim, mas não do Magistério Ordinário Infalível, porque a DH contradiz o ensino tradicional da Igreja, como mostrado acima.
2 A DH simplesmente deixa claro os direitos humanos, que são concedidos pela lei natural.
A lei natural coloca os direitos do homem abaixo, e não acima dos direitos de Deus.
3 A DH não nega o modelo católico para as relações Igreja-Estado.
Isso ela certamente faz! O parágrafo n.2 libera o Estado de sua obrigação essencial para com a única verdadeira Igreja.
4 A DH é escrita no contexto do mundo moderno onde todos acreditam nos direitos humanos.
Desde quando a Igreja deve ser adaptada ao mundo, e não o mundo à Igreja?
5 A DH não ensina que o homem tem o direito de errar.
Se o Estado de Deus é obrigado a conceder o direito civil de praticar em público as falsas religiões, então está se fazendo com que Deus deva garantir o direito ao erro.
6. A DH é um apelo para que os governos modernos concedam metade de um pão, que é melhor do que nenhum pão.
A verdadeira doutrina católica é tão lógica e tão coerente que dar algo disso é dar tudo disso. E qual ovelha salva a si mesma se entregando ao lobo?
7 Os católicos não devem fugir do mundo moderno para um gueto doutrinário.
Os católicos devem fazer o que quer que tenham que fazer, ir para onde quer que tenham que ir, para não abandonar os direitos de Deus e não comprometer a sua honra. Se isso significa o martírio, então que seja!

Kyrie eleison.

Sugestão ao Cardeal Hummes.


Influentíssimo no conclave, o Cardeal Dom Claudio Hummes, ordinário emérito de São Paulo, abordando as novidades do início de pontificado de seu grande amigo, o Papa Francisco, declarou à Folha:
Em que sentido a reforma é necessária?
Não é só da Cúria, são muitas outras coisas: o nosso jeito de fazer missa, de fazer evangelização, essa nova evangelização precisa de novos métodos. O papa falou no encontro com os cardeais sobre novos métodos, nós precisamos encontrar novos métodos.
Mas se falou sobretudo da Cúria Romana, que precisa ser reformada estruturalmente. É muito grande, mas tudo isso precisa de um estudo, a gente não tem muitas coordenadas.
Muitos dizem que é grande demais, que foi feito um puxadinho aqui, um puxadinho lá, mais uma sala aqui, mais uma comissão lá, mas essa aqui não tem suficiente prestígio… Essas coisas todas que acontecem numa estrutura dessas.
A igreja não funciona mais. Toda essa questão que aconteceu ultimamente mostra como ela não funciona. E depois, uma vez feito esse novo desenho, você tem de procurar as pessoas adaptadas para ocuparem esses cargos, esses serviços.
* * *
Se a Igreja não funciona, Eminência Reverendíssima, é justamente porque uma verdadeira mania de novidades tomou a mente de nosso clero há cinco décadas. Prosseguir neste caminho falido, cujos resultados falam por si, não parece ser muito inteligente.
Assim, damos a nossa sugestão. Em seu “fazer missa”, Dom Hummes, troque isso:
Por isso:
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Quanto mais inventam, pior as coisas ficam. Recorra ao que é seguro e eficaz. É tiro e queda, Eminência. A história o confirma. Essa missa e esses métodos “retrógrados e ultrapassados” formaram a Cristandade que hoje os sedentos por novidades estão destruindo.

Fonte: http://fratresinunum.com


quinta-feira, 14 de março de 2013

Uma pergunta catolicamente chata e, para muitos, inoportuna: o que esperar de um ecumenista convicto à frente do Papado?





“Tua perdição é obra tua, Israel. Tua força é obra Minha”.
(Os. XIII, 9)

Sidney Silveira

Um bispo católico que se ajoelha diante de um pastor evangélico para receber o “dom” da sabedoria ecumênica manifesta, com tal ato, algum tipo de humildade? E outra: é verdadeira humildade calar a verdade da fé no “diálogo” com outras religiões ou seitas?
À primeira pergunta podemos responder dizendo o seguinte:
1- se Cristo nada tem a aprender com Nicodemos, muito menos terá a aprender com Lutero e seus descendentes; e
2- a verdadeira humildade, antes e acima de tudo, é uma reverência pela qual o homem se submete a Deus, como ensina Santo Tomás. Nas palavras do Doutor Comum, o homem deve submeter-se ao próximo única e exclusivamente naquilo em que nele há de semelhança com Deus (cfme. Suma Teológica, II-II, q.161, art. 3, resp), e não no que nele haja de humano ou de não cristão — ou ainda de falsamente cristão, o que é pior.

quarta-feira, 13 de março de 2013

Profecias de São Francisco de Assis sobre o fim do mundo

 


Profecias de São Francisco de Assis sobre o fim do mundo


“Pouco antes de morrer, São Francisco de Assis convocou seus seguidores e os alertou de problemas vindouros, dizendo:

Célere se aproxima o tempo no qual haverá grandes provas e aflições; perplexidades e discórdias, tanto espirituais como temporais, virão em abundância; a caridade de muitos esfriará, enquanto a malícia dos ímpios aumentará.

Os demônios deterão um poder incomum; a imaculada pureza de nossa Ordem, e de outras, será tão enegrecida que bem poucos cristãos ainda obedecerão ao verdadeiro Pontífice Soberano e à Igreja Romana com corações leais e caridade perfeita. Na época dessa tribulação, um homem não canonicamente eleito será elevado ao Pontificado, que, com sua astúcia, empenhar-se-á em levar muitos ao erro e à morte.

Então escândalos se multiplicarão, nossa Ordem se dividirá, e muitas outras serão totalmente destruídas, porque aprovarão o erro ao invés de combatê-lo.

Haverá uma tal diversidade de opiniões e cismas entre as pessoas, os religiosos e o clero, que, se aqueles dias não fossem abreviados, segundo as palavras do Evangelho, até os eleitos seriam levados ao erro, se não fossem guiados, em meio a tão grande confusão, pela imensa misericórdia de Deus.

Então nossa Regra e nosso modo de vida serão violentamente combatidos por alguns, e provas terríveis virão contra nós. Os que permanecerem fiéis receberão a coroa da vida; mas ai dos que, confiando somente em sua Ordem, caírem em mornidão, pois não serão capazes de suportar as tentações permitidas como teste para os eleitos.

Os que perseverarem em seu fervor e mantiverem sua virtude com amor e zelo pela verdade sofrerão injúrias e perseguições como rebeldes e cismáticos; pois seus perseguidores, instigados por espíritos malignos, dirão que prestam um grande serviço a Deus eliminando aqueles homens pestilentos da face da terra; mas o Senhor será o refúgio dos aflitos, e salvará todos que nEle confiarem. E a fim de se assemelharem com sua Cabeça [Cristo], esses eleitos agirão com total confiança e com sua morte obterão para si mesmos a vida eterna; escolhendo obedecer a Deus e não aos homens, eles não terão medo de nada e preferirão perecer a aprovar a falsidade e a perfídia.

Alguns pregadores manterão silêncio sobre a verdade, e outros a calcarão sob os pés e a negarão. A santidade de vida será desprezada até pelos que exteriormente a professam, pois naqueles dias Jesus Cristo lhes dará não um verdadeiro pastor, mas um destruidor.”

(Works of the Seraphic Father St. Francis of Assisi)


fonte: http://speminaliumnunquam.blogspot.com.br/2011/10/profecias-de-sao-francisco-de-assis.html - publicado em 25/10/11.

segunda-feira, 11 de março de 2013

Declaração Doutrinal que Mons. Fellay enviou ao Cardeal Levada.




Declaração Doutrinal
de 15 de abril de 2012
Entregue ao Cardeal Levada
pelo bispo
d. Bernard Fellay, Superior Geral
da
Fraternidade São Pio X

I. Nós prometemos ser sempre fiéis à Igreja Católica e ao Romano Pontífice, seu Supremo Pastor, Vigário de Cristo, Sucessor de Pedro e cabeça do Corpo dos Bispos.
II. Nós declaramos aceitar os ensinamentos do Magistério da Igreja em matéria de fé e de moral, dando a cada afirmação doutrinal o grau de adesão exigido, conforme a doutrina contida no n.º 25 da Constituição Dogmática Lumen Gentium do Concílio Vaticano II. [(1) Cf. também a Nova Fórmula da Profissão de Fé e do Juramento de Fidelidade para assumir um ofício exercido em nome da Igreja, de 1989; cf. CICcânones 749; 750, 1 e 2; 752; CCEO cânones 597; 598, 1 e 2; 599.]
III. Em particular:
1. Nós declaramos aceitar a doutrina sobre o Pontífice Romano e sobre o Colégio dos Bispos, com seu cabeça, o Papa, ensinada pela Constituição Dogmática Pastor Aeternus do Concílio Vaticano I e pela Constituição Dogmática Lumen Gentium do Concílio Vaticano II, capítulo 3 (De constitutione hierarchica Ecclesiæ et in specie de episcopatu), explicada e interpretada pela Nota Explicativa Prævia a esse mesmo capítulo.
2. Nós reconhecemos a autoridade do Magistério, o único ao qual foi confiado o encargo de interpretar autenticamente a Palavra de Deus escrita ou transmitida [(2) Cf. Pio XII, Encíclica Humani Generis.] dentro da fidelidade à Tradição, recordando que “o Espírito Santo não foi prometido aos sucessores de Pedro para que eles dessem a conhecer, por revelação Sua, uma nova doutrina, mas para que com Sua assistência eles guardem santamente e exprimam fielmente a revelação transmitida pelos Apóstolos, ou seja o depósito da fé” [(3) Vaticano I, Constituição Dogmática Pastor Aeternus, Dz. 3070.].
3. A Tradição é a transmissão viva da Revelação “usque ad nos” (4) e a Igreja, na sua doutrina, na sua vida e no seu culto, perpetua e transmite a todas as gerações aquilo que ela é e tudo o que ela crê. A Tradição progride na Igreja com a assistência do Espírito Santo (5), não como uma novidade contrária (6), mas por uma melhor compreensão do depositum fidei (7).
[(4) Concílio de Trento, Dz. 1501: “Toda verdade salutar e toda regra moral (Mt. XVI, 15) estão contidas nos livros escritos e nas tradições não escritas que, recebidas pelos Apóstolos da boca do próprio Cristo ou transmitidas como que de mão em mão pelos Apóstolos sob o ditado do Espírito Santo, chegaram até nós.”
(5) Cf. Concílio Vaticano II, Constituição Dogmática Dei Verbum, 8 e 9, Dz. 4209-4210.
(6) Vaticano I, Constituição Dogmática Dei Filius, Dz. 3020: “Assim, sempre se deve conservar o sentido dos dogmas que a Santa Madre Igreja determinou de uma vez por todas, e jamais se afastar dele sob pretexto e em nome de uma inteligência mais elevada desses dogmas. Cresçam, pois, e se multipliquem abundantemente, tanto em cada um como em todos, tanto nos homens como em toda a Igreja, ao longo das idades e dos séculos, a inteligência, a ciência e a sabedoria; mas somente no gênero que lhes convém, isto é, na unidade do dogma, do sentido e da maneira de ver (S. Vicente de Lérins, Commonitorium, 28).”
(7) Vaticano I, Constituição Dogmática Dei Filius, Dz. 3011; Juramento Antimodernista, n.º 4; Pio XII, Carta Encíclica Humani Generis, Dz. 3886; Concílio Vaticano II, Constituição Dogmática Dei Verbum, 10, Dz. 4213.]
4. A inteira Tradição da fé católica deve ser o critério e o guia para a compreensão dos ensinamentos do Concílio Vaticano II, o qual por sua vez esclarece – ou seja, aprofunda e explicita ulteriormente – certos aspectos da vida e da doutrina da Igreja, nela implicitamente presentes ou ainda não formulados conceitualmente. [(8) Como, por exemplo, o ensinamento da sacramentalidade do episcopado em Lumen Gentium, n.º 21.]
5. As afirmações do Concílio Vaticano II e do Magistério pontifício posterior relativas à relação entre a Igreja Católica e as confissões cristãs não-católicas, e também ao dever social de religião e ao direito à liberdade religiosa, cuja formulação é dificilmente conciliável com as afirmações doutrinais precedentes do Magistério, devem ser compreendidas à luz da Tradição inteira e ininterrupta, de maneira coerente com as verdades precedentemente ensinadas pelo Magistério da Igreja, sem aceitar nenhuma interpretação dessas afirmações que possa levar a expor a doutrina católica em oposição ou em ruptura com a Tradição e com este Magistério.
6. É por essa razão que é legítimo promover, mediante uma discussão legítima, o estudo e a explicação teológica de expressões e de formulações do Concílio Vaticano II e do Magistério subsequente, nos casos em que elas não pareçam conciliáveis com o Magistério anterior da Igreja. [(9) Encontra-se um paralelo na história com o Decreto para os Armênios do Concílio de Florença, no qual a entrega dos instrumentos era indicada como matéria do Sacramento da Ordem. Sem embargo, os teólogos discutiam legitimamente, mesmo após este decreto, acerca da exatidão de uma tal afirmação; finalmente, a questão foi resolvida de outro modo pelo Papa Pio XII.]
7. Nós declaramos reconhecer a validade do Sacrifício da Missa e dos Sacramentos celebrados com a intenção de fazer o que a Igreja faz em conformidade com os ritos indicados nas edições típicas do Missal Romano e dos Rituais dos Sacramentos promulgados pelos Papas Paulo VI e João Paulo II.
8. Seguindo os critérios enunciados acima (III, 5), bem como o Cânon 21 do Código, nós prometemos respeitar a disciplina comum da Igreja e as leis eclesiásticas, especialmente aquelas que estão contidas noCódigo de Direito Canônico promulgado pelo Papa João Paulo II (1983) e no Código de Direito Canônico das Igrejas Orientais promulgado pelo mesmo Pontífice (1990), ficando salva a disciplina que será concedida à Fraternidade Sacerdotal São Pio X por uma lei particular.

+ Bernard Fellay
BpFellaySigns

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PARA CITAR ESTA TRADUÇÃO:
FRATERNIDADE SACERDOTAL DE S. PIO X, Declaração Doutrinal de 15 de Abril de 2013; trad. br. por F. Coelho, São Paulo, mar. 2013, blogueAcies Ordinatahttp://wp.me/pw2MJ-1Fh

Fonte da tradução: http://aciesordinata.wordpress.com/

quarta-feira, 6 de março de 2013

terça-feira, 5 de março de 2013

Problemas teológicos, canônicos, filosóficos e morais resultantes da abdicação do Papa Bento XVI


Problemas teológicos, canônicos, filosóficos e morais resultantes da abdicação do Papa Bento XVI


“A mediocridade é o justo meio hesitante entre o bem e o mal”. (Garrigou-Lagrange)


Sidney Silveira

Escrevia o então Cardeal Ratzinger em 1991: “Apresenta-se a consciência como o baluarte da liberdade frente às limitações impostas pela autoridade”. Nesse escrito bastante conhecido, o teólogo alemão afirmava: “Estão contrapostas duas concepções de catolicismo. De um lado, uma compreensão renovada de sua essência, que explica a fé cristã a partir da liberdade e como princípio da liberdade, e de outro, um modelo superado, ‘pré-conciliar’, que sujeita a existência cristã à autoridade”. Nas palavras do Cardeal Ratzinger, a moral da consciência e a moral da autoridade se auto-eliminam, sendo a consciência a norma suprema que o homem deve seguir, mesmo quando o faz voltar-se contra a autoridade. O teólogo alemão citava então a fórmula — fiel à sua formação filosófico-teológica moderna — de que a consciência é “infalível”.

sábado, 2 de março de 2013

Carta aberta à Mons. Fellay por 37 sacerdotes do Distrito da França - Traduzido para Português.


Tradução: Professor Rafael Horta - Capela Cristo Rei de Ipatinga.

Postado em 28 de fevereiro de 2013

À Monsenhor  Fellay

Excelência,

Como o senhor escreveu recentemente “os laços que nos unem são essencialmente sobrenaturais”. Entretanto, o senhor estava atento para nos lembrar de que, a justo título, as exigências da natureza não devem ser esquecidas. “A graça não destrói a natureza”. Entre estas exigências, há a veracidade. Ora, somos obrigados a constatar que uma das partes dos problemas aos quais fomos confrontados nesses últimos meses vem de uma falta graves a essa virtude.
Há dez anos, dizíeis como Monsenhor Tissier de Mallerais:
“Jamais eu aceitarei dizer: ‘No Concílio, se o interpreta bem, talvez possa ser, que se poderia fazer uma correspondência com a Tradição, se poderia encontrar um sentido aceitável’. Jamais aceitarei disser isso. Isso seria uma mentira e não é permitido dizer uma mentira, mesmo em se tratando de salvar a Igreja.” (Gastines, 16 de setembro 2012).