quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Importantes citações de Monsenhor Lefebvre sobre " O acordo com Roma" - Parte 01


Amigos,Salve Maria!


Segue a primeira parte traduzida das citações de Monsenhor Lefebvre outrora publicadas em francês no blog http://aveclimmaculee.blogspot.com.br/2013/01/citations-de-mgr-lefebvre-1re-partie-la.html

Tradução: Rafael Horta
(Fiel da Capela Cristo Rei - Ipatinga/MG)
Para dar argumentos àqueles que se perguntam o que pensar ou o que responder depois da carta de Monsenhor Di Noia. Eis aqui algumas citações de Monsenhor Lefebvre. A maior parte dessas citações foram tiradas do site: antiModernisme.info.

Mons. Lefebvre, 7 de junho de 1988 : “A Roma modernista continua sua obra de demolição da fé e da cristandade; é um dever repudiá-la nos apegando à Roma de sempre”.

Mons. Lefebvre, 15 de janeiro de 1991: “As autoridades romanas atuais estão embebidas de ecumenismo e de modernismo e que o conjunto de suas decisões e do novo direito são influenciados por esses falsos princípios; será preciso instituir autoridades que as suplantem, guardando fielmente os princípios católicos da Tradição católica e do direito católico”.
“É o único meio de permanecer fiel a Nosso Senhor Jesus Cristo, aos Apóstolos e ao depósito da Fé transmitida a seus sucessores permanecidos fiéis até o Vaticano II”.

Mons. Lefebvre, Carta aos futuros bispos, 29 de agosto de 1987: “Eu vos concederei esta grande graça confiando que, sem tardar, a Sé de Pedro será ocupada por um sucessor de Pedro perfeitamente católico nas mãos do qual vós podereis depor a graça de vosso episcopado para que Ele a confirme”.

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Adesão à Profissão de fé e resistência

Nota da Resistência de Ipatinga: Nossas orações e total apoio aos irmãos e irmãs do Grupo São Domingos de Gusmão.



Adesão à Profissão de fé e resistência (Grupo São Domingos de Gusmão)
Nós, membros do Grupo São Domingos de Gusmão, desejamos tornar pública nossa adesão à profissão de fé e de resistência do Rev. Pe. Jahir Britto e de sua comunidade, que é também a do Mosteiro da Santa Cruz e das irmãs Escravas de Maria. Neste mundo liberal, inimigo da verdade, o maior dever do católico é proclamá-la sem temor e sem compromissos, lembrando-se constantemente que “é aprovar o erro não lhe resistir, é sufocar a verdade não a defender...” e que “ todo aquele que deixa de se opor a uma prevaricação manifesta pode ser tido como um cúmplice secreto” (Félix III, citado por Leão XIII, em carta aos bispos italianos, 8/12/1892). Entregamos esta decisão nas mãos de Nossa Senhora do Rosário, nossa padroeira, acreditando assim sermos fiéis à vontade de Deus, que se dignou conduzir-nos sem qualquer merecimento nosso ao porto da Verdade, que humildemente buscamos defender, e que é o motivo de nosso grupo existir.

http://sanctidominici.blogspot.com.br/

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

TRAGÉDIA DE SANTA MARIA É UM ALERTA PARA O CARNAVAL QUE SE APROXIMA



Esse evento de Santa Maria/RS, em que uma boate repleta de jovens - mais de 2000 - pegou fogo e mais de 200 deles morreram asfixiados ou pisados, é fato trágico e um alerta. Se Deus salvou uns e não salvou outros há um por que. Ele não é mau, também não é mero acaso, nem fatalidade. Ele estava lá. A alguns deu uma nova chance, a outros, não. O por quê disso só saberemos no Dia da Revelação. E nem é isso que importa aqui. 

Aos parentes, minhas sinceras condolências. A nós que não pranteamos ninguém em particular, e a todos de uma maneira geral, que reflitamos na maneira como estamos levando nossas vidas. Não sabemos quando nem como vamos morrer, por isso devemos estar sempre preparados para encontrar Deus. 

Os Católicos têm a graça dos Sacramentos, que devem estar sempre em dia: Batismo, Crisma (ou Confirmação), Eucaristia, Confissão (ou Penitência), Extrema Unção, Ordem e Matrimônio. Cada um em seu estado de vida, honrando-o e nos santificando em nossa vocação: quem para o matrimônio, quem para a vida religiosa. Estando preparados, não há morte que nos pegue desprevenidos. 

sábado, 19 de janeiro de 2013

Mais um sacrilégio na Diocese de Itabira - Coronel Fabriciano.


O Catecismo católico nos ensina que a Santa Missa é o Sacrifício Propiciatório de Nosso Senhor Jesus Cristo. Em cada Santa Missa a paixão e morte de Nosso Senhor Jesus Cristo é atualizada sob o véu sacramental. Este precioso legado foi dado por Deus a Igreja exclusivamente para a salvação das almas.

Quando se ataca a Santa Missa o ataque é terrível, pois é um ataque duplo, além de ofender gravemente a Deus com o sacrilégio, se ofende as almas que não conseguem se beneficiar da plenitude da redenção que só a Missa pode dar.

É por isso que nós da Resistência Católica tecemos críticas a reforma litúrgica, pois ela fez o homem centralizar o culto nele mesmo e esquecer de Deus. A reforma fez o homem parar de pensar a Missa como sacrifício e reduzi-la a um mero banquete. A tragédia promovida pela reforma chegou ao extremo de fazer da Missa um espaço de expressão cultural, hoje em quase todas as paroquias se vê missa conga, afro, carismática, jovem, sertaneja , etc.  Nós já falamos aqui e repetimos: a Missa Nova mesmo sem abusos já é um problema, com os abusos se tornam uma catástrofe.

Então, por amor ao Santo Sacrifício da Santa Missa, nós denunciamos e acusamos mais um ato de sacrilégio ocorrido na Diocese de Itabira – Coronel Fabriciano. Desta vez na Paroquia Nossa Senhora de Fátima em  João Monlevade no dia 18/01. Dois sacerdotes contribuíram para este sacrilégio.

Segue algumas fotos:

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Obras da Capela Cristo Rei.


Amigos e amigas,

Salve Maria Santíssima!

Quase todos que acompanham a RESISTÊNCIA CATÓLICA DE IPATINGA estão cientes de que estamos construindo uma capela, graças as Deus não são poucos os que nos ajudam com suas orações e também materialmente.

Queremos neste pequeno texto prestar contas do andamento das obras para todos, sobretudo para as pessoas generosas que até então não mediram esforços na colaboração.

Segue a cronologia da obra desde seu inicio:

Nos primeiros dias das obras recebemos a visita do Reverendíssimo Padre Tarciso, além de sugestões importantes, o padre abençoou o terreno e a construção.



A primeira parte da obra foi limpar e nivelar terreno, tiramos aproximadamente duas caçambas e meia de entulho em uma semana árdua de serviço:



A segunda etapa foi os cuidados com a hidráulica da capela:

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Lutherus vincit! Lutero venceu!!



Prezados amigos,

Salve Maria!

Conforme foi noticiado em muitos sites e blogs de cunho católico, a última declaração do Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé (da , sic!) D. Ludwig Muller foi simplesmente estarrecedora. O mesmo Prefeito já havia dito muitas outras coisas estranhas à catolicidade que podem ser constatadas nos seus discursos e entrevistas, entretanto, a última do Cardeal Prefeito foi simplesmente denunciante.

S. Eminência acredita que muitos protestantes luteranos crêem que as reformas necessárias na Igreja já foram implementadas pelo Concílio Vaticano II, o último Concílio da Igreja. (assim entendemos a reportagem)

Vejamos que, com esta afirmação, o Cardeal Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé diz abertamente que o Concílio Vaticano II foi uma obra essencialmente protestante dentro da Igreja que visava implementar as idéias de Martin Lutero.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Balanço de 2012 e perspectivas para 2013



 Mais um ano que termina. Mais um ano começa. É o momento oportuno para analisar o ano o que passa e para fazer planos e propósitos para o ano que começa.

O motivo? A Igreja de sempre, a doutrina de sempre, a Missa de Sempre contra a nova Igreja, a nova doutrina, a nova missa e a nova religião.

Batalha difícil onde as armas usadas contra nós foram a calunia, difamação, chantagem e o “terrorismo psicológico” com os fiéis que pensam em aderir a Tradição Católica.

Aqueles que combatem a Tradição da Igreja em favor da nova religião fundada pelo Concílio Vaticano II e que tem como culto a protestante nova missa são os próprios católicos. Mas não os verdadeiros católicos, mas sim os liberais.

O que quer dizer “católico liberal”? Os católicos liberais são aqueles que agem como Pôncio Pilatos. Ele reconhece a inocência de Nosso Senhor Jesus Cristo e que aqueles que o acusam e o querem matar são injustos e invejosos. Por cinco vezes reconhece a inocência de Nosso Senhor. Mesmo assim não O solta; chama Barrabás a quem sabe ser um malfeitor e assassino; solta o culpado e condena o Inocente. Mesma atitude dos liberais (que geralmente pensam que estão agindo bem). Vão à missa aos domingos, falam de Jesus, de Deus, mas pecam livremente; são amantes de suas más vidas, más inclinações; não querem mudar de vida. Não querem ter uma vida onde seja Nosso Senhor o Rei e Senhor; Aquele que tem todo o poder sobre nossas vidas. Querem ser católicos, mas somente dentro de casa. Nada de ser católico na vida social, na de catolicismo na rua. Gritam como os judeus: “Ele não é nosso Rei. Não temos outro rei senão César”.

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Por que os católicos estão perplexos?


Que os católicos deste final do século XX estejam perplexos, quem o negará? Que o fenômeno seja relativamente recente, correspondendo aos vinte últimos anos da História da Igreja, basta observar o que sucede para estar persuadido disto. Há pouco tempo, o caminho estava inteiramente traçado; ou se seguia ou não. Tinha-se a fé, ou então se tinha perdido, ou ainda jamais se tivera. Mas quem a possuía, quem havia entrado na santa Igreja pelo batismo, renovado suas promessas pela idade de onze anos, recebido o Espírito Santo no dia de sua confirmação, este sabia o que devia crer e o que devia fazer.
Hoje, muitos não mais o sabem. Ouvem-se nas igrejas tantos ditos estarrecedores, lêem-se tantas declarações contrárias ao que tinha sido sempre ensinado, que a dúvida se insinuou nos espíritos.
No dia 30 de junho de 1968, encerrando o Ano da Fé, S.S. Paulo VI fazia, diante de todos os bispos presentes em Roma e de centenas de milhares de fiéis uma profissão de fé católica. Em seu preâmbulo, ele prevenia cada um deles contra os danos causados à doutrina pois, dizia, “seria engendrar, como infelizmente se vê hoje, a perturbação e a perplexidade de muitas almas fiéis”.

A mesma palavra se encontra numa alocução de S.S. João Paulo II a 6 de fevereiro de 1981: “Os cristãos de hoje em grande parte, se sentem perdidos, confusos, perplexos e mesmo decepcionados.” O Santo Padre resumia as causas deste fato da seguinte maneira:
“De todos os lados espalharam-se idéias que contradizem a verdade que foi revelada e sempre ensinada. Verdadeiras heresias foram divulgadas nos domínios do dogma e da moral, suscitando dúvidas, confusão, rebelião. A própria liturgia foi violada. Mergulhados num ”relativismo” intelectual e moral, os cristãos são tentados por um iluminismo vagamente moralista por um cristianismo sociológico, sem dogma definido e sem moralidade objetiva.” Esta perplexidade se manifesta a todo o instante nas conversas, nos escritos, nos jornais, nas emissões radiofônicas ou televisionadas, no comportamento dos católicos, traduzindo-se este último numa diminuição considerável da prática como o testemunham as estatísticas, uma desafeição relativamente à missa e aos sacramentos, um relaxamento geral dos costumes.

Foi-se levado a perguntar, por conseguinte, o que provocou um tal estado de coisas. A todo efeito corresponde uma causa. É a fé dos homens que diminuiu, por um eclipse da generosidade da alma, um apetite de gozo, uma atração pelos prazeres da vida e pelas múltiplas distrações que oferece o mundo moderno? Não são estas as verdadeiras razões, elas sempre existiram dum modo ou de outro; a queda rápida da prática religiosa provém antes do espírito novo que se introduziu na Igreja e que lançou a suspeita sobre um passado inteiro de vida eclesiástica, de ensino e de princípios de vida. Tudo isto se fundava sobre a fé imutável da Igreja, transmitida pelos catecismos que eram reconhecidos por todos os episcopados.

A fé se estabelecia sobre certezas. Abalando-as, semeou-se a perplexidade.
Tomemos um exemplo: a Igreja ensinava — e o conjunto dos fiéis acreditava — que a religião católica era a única verdadeira. Com efeito, ela foi fundada pelo próprio Deus, enquanto que as outras religiões são obra dos homens. Em conseqüência disto o cristão deve evitar toda relação com as falsas religiões e de outra parte, fazer tudo para trazer os seus adeptos à religião de Cristo.

Isto é ainda verdadeiro? Com toda a segurança. A verdade não pode mudar, senão jamais teria sido verdade. Nenhum dado novo, nenhuma descoberta teológica ou científica — se é que podem existir descobertas teológicas — jamais fará com que a religião católica não seja mais o único caminho da salvação.

Mas eis que o próprio papa assiste a cerimônias religiosas destas falsas religiões, reza e prega nos templos de seitas heréticas. A televisão espalha no mundo inteiro as imagens destes contatos estarrecedores. Os fiéis não compreendem mais.

Lutero — e eu tornarei a isto nas páginas que seguem — separou da Igreja povos inteiros, transtornou a Europa espiritual e politicamente, arruinando a hierarquia católica, o sacerdócio católico, inventando uma falsa doutrina da salvação, uma falsa doutrina dos sacramentos. Sua revolta contra a Igreja será o modelo seguido por todos os futuros revolucionários que lançarão a desordem na Europa e no mundo. É impossível, quinhentos anos mais tarde, fazer dele, como alguns quereriam, um profeta ou um doutor da Igreja, quando não um santo.

Ora, se eu leio a Documentation Catholique¹ ou as revistas diocesanas, encontro escrito aí, pela pena da Comissão mista católico-luterana, oficialmente reconhecida pelo Vaticano I:


“Entre as idéias do concílio Vaticano II, onde se pode ver um acolhimento dos postulados de Lutero, se acham por exemplo:
— a descrição da Igreja como “Povo de Deus” (idéia mestra do novo direito canônico: idéia democrática e não mais hierárquica);
— o acento colocado sobre o sacerdócio de todos os batizados;
— o compromisso em favor do direito da pessoa à liberdade em matéria de religião.

Outras exigências que Lutero tinha formulado em seu tempo podem ser consideradas como sendo satisfeitas na teologia e na prática da Igreja de hoje: o emprego da língua vulgar na liturgia, a possibilidade da comunhão sob as duas espécies e a renovação da teologia e da celebração da Eucaristia.”

Que confissão considerável! Satisfazer às exigências de Lutero, que se mostrou o inimigo resoluto e brutal da missa e do papa! Dar acolhimento aos postulados do blasfemador que dizia: “Eu afirmo que todos os lupanares, os homicídios, os roubos, os adultérios são menos maus que esta abominável missa!” Desta reabilitação tão aberrante não se pode tirar senão uma conclusão: ou se deve condenar o concílio Vaticano II que a autorizou, ou se deve condenar o concílio de Trento e todos os papas que, desde o século XVI, declararam o protestantismo herético e cismático.

Compreende-se que diante de uma tal reviravolta os católicos estejam perplexos. Mas eles têm tantos motivos de o estar! No decurso dos anos presenciaram a transformação do fundo e da forma das práticas religiosas que os adultos tinham conhecido na primeira parte de sua vida. Nas igrejas, os altares foram destruídos ou mudados de destino em proveito de uma mesa, freqüentemente móvel ou encaixada. O tabernáculo não ocupa mais o lugar de honra, na maior parte das vezes; foi dissimulado sobre um sustentáculo e posto ao lado: onde ele ficou no centro o sacerdote ao rezar a missa, lhe volta as costas. Celebrante e fiéis face a face, dialogando em conjunto. Qualquer um pode tocar os vasos sagrados, freqüentemente substituídos por cestos, pratos, tigelas de louça; leigos, inclusive mulheres, distribuem a comunhão que se recebe na mão. O Corpo de Cristo é tratado com uma falta de reverência que insinua a dúvida sobre a realidade da transubstanciação.

Os sacramentos são administrados dum modo que varia conforme os lugares; tomarei como exemplos a idade do batismo e da confirmação, o da bênção nupcial acompanhada de cantos e de leituras que nada têm a ver com a liturgia, tomadas de empréstimo a outras religiões ou de uma literatura decididamente profana, quando não exprimem simplesmente idéias políticas.

O latim, língua universal da Igreja, e o gregoriano desapareceram de um modo quase geral. A totalidade dos cânticos foi substituída por cantigas modernas, nas quais não é raro encontrar os mesmos ritmos que os dos lugares de prazer.

Os católicos ficaram surpresos também pelo brusco desaparecimento do hábito eclesiástico, como se os sacerdotes e as religiosas tivessem vergonha de aparecer com tais.

Os pais que enviam seus filhos ao catecismo verificam que não mais se lhes ensinam as verdades da fé, mesmo as mais elementares: a Santíssima Trindade, o mistério da Encarnação, a Redenção, o pecado original, a Imaculada Conceição. Daí se origina um sentimento de profunda confusão: tudo isto não é mais verdade, está caduco, “ultrapassado”? As próprias virtudes cristãs não são mais mencionadas; em que manual de catequese, por exemplo, se fala da humildade, da castidade, da mortificação? A fé se tornou um conceito flutuante, a caridade uma espécie de solidariedade universal e a esperança é sobretudo a esperança num mundo melhor.

Tais novidades não são aquelas que, na ordem humana, aparecem com o tempo, às quais nos habituamos, a que assimilamos depois de um primeiro período de surpresa e de hesitação. No decorrer da vida de um homem, muitas maneiras de comportamento se transformam; se eu fosse ainda missionário na África dirigir-me-ia para lá de avião e não mais de navio quando não fosse senão pela dificuldade de encontrar uma companhia marítima que fizesse ainda o trajeto. Neste sentido pode-se dizer que é preciso viver com o seu tempo e ademais se está obrigado a isso.

Mas os católicos aos quais se quis impor novidades na ordem espiritual e sobrenatural em virtude do mesmo princípio, compreenderam bem que isto não era possível. Não se muda o Santo Sacrifício da Missa, os sacramentos instituídos por Jesus Cristo, não se muda a verdade revelada uma vez por todas, não se substitui um dogma por outro.

As páginas que vão seguir quereriam responder às questões que vós vos pondes, vós que conhecestes uma outra face da Igreja. Elas quereriam também esclarecer os jovens nascidos depois do concílio e aos quais a comunidade católica não oferece o que eles têm direito de esperar dela. Desejaria, enfim, dirigir-me aos indiferentes ou aos agnósticos que a graça de Deus tocará num dia ou noutro mas que correm o risco de encontrar então igrejas sem sacerdotes e uma doutrina que não corresponde às aspirações de sua alma.

E ademais é com toda a evidência, uma questão que interessa a todo o mundo, se se julga pelo interesse que nisto demonstra a imprensa de informação geral, em particular em nosso país. Os jornalistas também dão mostras de perplexidade. Alguns títulos ao acaso: “O cristianismo vai morrer?”, “Haverá ainda sacerdotes no ano 2000?”

A estas perguntas eu quero responder, não trazendo de minha parte teorias novas, mas me referindo à Tradição ininterrupta e entretanto tão abandonada nestes anos que a muitos leitores ela aparecerá como qualquer coisa de novo.
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¹ La Documentation Catholique, 3 de julho de 1983, n.º 1085, pp. 696-697.
Carta Aberta aos Católicos Perplexos

Mons. Marcel Lefebvre.