segunda-feira, 12 de novembro de 2012

A Obediência e a falsa obediência

BREVE REFLEXÃO

Acusam-nos frequentemente de desobedientes, e é sobre este tema [obediência] que queremos refletir, de maneira breve, apesar da complexidade. Não no intuito de nos justificarmos frente aos acusadores, mas sim de oferecer uma “versão” que lhe dê a possibilidade de refletir, avaliar e julgar não pela aparência, mas conforme a reta justiça (João 7,24).

É evidente que não existe uma desobediência obstinada da nossa parte, seria uma atentado ao quarto mandamento da lei de Deus, honrar pai e mãe, mandamento que se estende a todos que nos são superiores também na Igreja. Se nos propomos a viver como indica Deus e sua Igreja, como poderíamos sonegar esse mandamento? Se a todo custo buscamos abrir os olhos às heresias modernistas, porque o fecharíamos às leis primárias? Há nisso tudo um equívoco absurdo.

O conceito de obediência sugere uma virtude, no entanto, nem toda “obediência” é virtuosa. Lembremo-nos agora do primeiro mandamento, amar a Deus sobre todas as coisas. Resulta que qualquer obediência que negue esse mandamento não é lícita, não é obediência legítima. Se São Francisco de Sales, por exemplo, tivesse seguido seus pais, teria abandonado a vocação sacerdotal em detrimento de uma falsa obediência. Ora, assim é com qualquer virtude, que só é virtude se desemboca no Amor a Deus. Do contrário, não passa de aparência inútil para a eternidade. Como não tem valor cristão nenhum a modéstia que não preserve o pudor, mas que antes serve apenas como um aparato exterior diante dos homens, igualmente não há nada de valente na obediência que serve como um slogan, como uma campanha de marketing pessoal, como um guia politicamente correto, e o pior, que atropele o mandamento primeiro.



Em meio a todas as insinuações de desobediência a pergunta é: Onde ela está? Seria inconsequente alguém que estivesse levando um paciente em estado grave para o hospital e respeitasse os limites dos 60 km/h. Podem alegar não ter nada a ver uma situação com a outra, que isso faz parte da ordem natural. Mas não! O que se tem é um descrédito ao sobrenatural em nome do respeito humano. Não podemos!

“Dai, pois, a César o que é de César e a Deus o que é de Deus.” (Mateus 22,21). Acontece que constantemente usurpa-se dos direitos de Deus, para dar glórias a si mesmo e não a Ele, apesar das aparências, “nem tudo que reluz é ouro”. Eis o critério fundamental: A Glória de Deus. O que passar disso é uma mentira.

Não nos submeteremos às resoluções pastorais do Concílio Vaticano II, aos ideais da maçonaria e do comunismo, aos sacrilégios no modernismo, ao liberalismo. Os contrários, ou contrariados com isso, parece não fazer outra coisa se não perguntar como Pilatos: Cristo é Rei? E agem como se não o fosse. Mas de nossa parte é preciso que gritemos: Sim, Cristo é Rei, viva Cristo Rei!

Associação Santo Atanásio

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