quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

PERSEGUIÇÃO OFICIAL E POR LEI COMEÇA NA FRANÇA


                        França monitora católicos tradicionalistas por causa de “patologia religiosa”

Fonte: Por Carl Bunderson – CNA Tradução: Fratres in Unum.com

Um membro do gabinete francês anunciou que o governo irá monitorar determinados grupos por causa de “patologia religiosa”, incluindo uma organização católica tradicionalista, e irá fechá-los se os descobrir.
A república é laica, a França é católica! Manifestação do Instituto Civitas em Paris.
“O objetivo é identificar o momento adequado para intervir, a fim de tratar aquilo que se tornou uma patologia religiosa,” disse o Ministro do Interior, Manuel Valls, em uma conferência sobre a política oficial do secularismo, de acordo com a Reuters.
“A meta não é combater opiniões pelo uso da força, mas detectar e compreender quando uma opinião se torna um excesso potencialmente violento e criminoso”, ele disse na conferência, em 11 de dezembro.
As observações de Valls surgiram após o anúncio do Presidente Francois Hollande, em 9 de dezembro, de que ele criaria o “Observatório Nacional do Secularismo” para promover a política da França e “formular proposições para a transmissão da ‘moralidade pública’, dando-lhe um lugar digno nas escolas.”
O anúncio do observatório foi feito por Hollande no aniversário da adoção da lei em 1905, que estabeleceu o secularismo como política estatal na França. Ele foi acompanhado da decisão de honrar o sociólogo Emile Poulat, que ajudou a “promover o secularismo como um valor essencial do nosso viver em comunidade.”
O secularismo (laïcité em francês) tem recebido um impulso do governo socialista de Hollande, que acredita que ele foi enfraquecido sob o ex-Presidente Nicolas Sarkozy.

sábado, 15 de dezembro de 2012

A prática da mortificação cristã


Livre-tradução do Artigo “La mortificación cristiana” do Cardeal Desidério José Mercier (1851-1926) publicado em “Cuadernos de La Reja” número 2 do Seminário Internacional Nossa Senhora Corredentora da FSSPX.
Nota: Todas as práticas de mortificação que reunimos aqui são recolhidas dos exemplos dos santos, especialmente Santo Agostinho, Santo Tomás de Aquino, Santa Teresa, São Francisco de Sales, São João Berchmans, ou são recomendadas por reconhecidos mestres da vida espiritual, como o Venerável Louis de Blois, Rodriguez, Scaramelli, Abade Allemand, Abade Hamon, Abade Dubois, etc.

Artigo 1 – Objeto da mortificação cristã

A mortificação cristã tem por fim neutralizar as influências malignas que o pecado original ainda exerce nas nossas almas, inclusive depois que o batismo as regenerou. Nossa regeneração em Cristo, ainda que anulou completamente o pecado em nós, nos deixa sem embargo muito longe da retidão e da paz originais. O Concílio de Trento reconhece que a concupiscência, ou seja, o triplo apetite da carne, dos olhos e do orgulho, se deixa sentir em nós, inclusive depois do batismo, afim de excitar-nos às gloriosas lutas da vida cristã (Conc. Trid., Sess. 5, Decretum de pecc. orig.).

A Escritura logo chama esta tripla concupiscência de “homem velho“, oposto ao “homem novo” que é Jesus que vive em nós e nós mesmos que vivemos em Jesus, como “carne” ou natureza caída, oposta ao “espírito” ou natureza regenerada pela graça sobrenatural. Este velho homem ou esta carne, ou seja, o homem inteiro com sua dupla vida moral e física, deve ser, não digo aniquilado, porque é coisa impossível enquanto dure a vida presente, mas sim mortificado, ou seja, reduzido praticamente à impotência, à inércia e à esterilidade de um morto; há que impedir-lhe que dê seu fruto, que é o pecado, e anular sua ação em toda a nossa vida moral.

A mortificação cristã deve, portanto, abraçar o homem inteiro, estender-se a todas as esferas de atividade nas quais a natureza é capaz de mover-se. Tal é o objeto da virtude de mortificação. Vamos indicar sua prática, recorrendo sucessivamente as manifestações múltiplas de atividade em que se traduz em nós:

I) A atividade orgânica ou a vida corporal;

II) A atividade sensível, que se exerce seja debaixo da forma do conhecimento sensível pelos sentidos exteriores ou pela imaginação, seja debaixo da forma de apetite sensível ou de paixão;

III) A atividade racional e livre, princípio de nossos pensamentos e de nossos juízos, e das determinações de nossa vontade;

IV) Consideraremos a manifestação exterior da vida de nossa alma, ou nossas ações exteriores;

V) E, finalmente, o intercâmbio de nossas relações com o próximo.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

NEO-SANTOS DA NEO-IGREJA: A vez de Paulo VI.



BEATIFICAÇÃO DE PAULO VI?



- Carta aos Cardeais -

 

Eminência Reverendíssima:

Li na Imprensa que, em 11 de Dezembro[1], os Cardeais e os Bispos, ultrapassado o obstáculo dos teólogos, darão o seu “sim” à beatificação de Paulo VI, apesar de não ter tido, durante a sua vida, fama de santidade e de ter sido, para muitos, o primeiro responsável pelos problemas atuais da Igreja, isto para não dizer que o seu Pontificado foi, na realidade, catastrófico!

Então, seja-me concedido citar o que foi relatado, em letras garrafais, na revista “Avvenire” de 19 de Março de 1999, página 17, acerca de Mons. Montini: “Ruini[2] traça o perfil do Papa [Paulo VI] que mudou a Igreja”.

Certíssimo!... Já o havíamos demonstrado com a nossa “Trilogia Montiniana”[3]nunca tida nem como falsa nem pouco fiável pelos meus opositores, limitando-se a graçolas e insultos, sem nunca denunciarem em público o “como”, o “onde”, o “porquê” de os nossos argumentos e documentos serem contrários à verdade.

Decerto, dizer a Verdade não é, de modo algum, uma ofensa, nem sequer à pessoa de Paulo VI, já entrado na História, motivo pelo qual toda a sua vida é objeto de estudo, sem reticências nem mistificações, sem lhe colocar a auréola na cabeça, o que significaria colocá-la igualmente na sua“revolução” operada pela Maçonaria, por seu intermédio, em nome do Vaticano II.

***

Deve-se, assim, apresentar o esboço das suas presumíveis virtudes, necessárias para uma beatificação. O Cardeal Ruini, no discurso de encerramento do Processo Diocesano, disse: “A sua Fé resplandece através da sua pessoa, brilha nas suas palavras. Em 1967, inicia o Ano da Fé. Em 1968, no átrio de São Pedro, proclama o Credo do povo de Deus[4]; uma Fé baseada no Credo de Niceia”.

Todavia, quanto a essa presumível Fé, que o Cardeal inclusivamente qualificou como “apaixonada”, desmente-a o mesmo Paulo VI, no seu famoso discurso sobre a autodemolição da Igreja, durante o qual disse: “A Igreja encontra-se numa hora de interrogação, de autocrítica. Dir-se-ia mesmo de autodemolição. Uma Igreja que quase, quase fere a si mesma. Todos esperam do Papa gestos clamorosos e decisivos. Mas o Papa não considera que deva seguir linha diferente daquela da confiança em Jesus Cristo, que se preocupa com a Sua Igreja mais do que qualquer outro. Será Ele que acalmará a tempestade”.

Esta sua declaração soa à traição ao seu dever de Vigário de Cristo, o Qual, para a defesa da Fé, se serviu sempre de Seus sucessores, a começar por São Pedro, Seu primeiro Vigário na Terra.

Logo, essa decidida recusa de Paulo VI em defender ele próprio a Fé foi uma aberta recusa de fazer aquilo que era, contudo, o seu primeiro dever. Portanto, a sua política de “não intervenção” foi uma abdicação do seu ofício próprio, no dever de intervenção na autodestruição da Igreja, que ELE mesmo conduzia. Uma recusa, assim, que constitui autêntico pecado de omissão.

Como pensar, então, em levar aos altares, à veneração dos fiéis, um Papa que tão gravemente faltou ao seu principal dever, que é, de fato, a defesa do “depositum fidei”?

Paulo VI abdicou do seu principal dever, não o cumprindo como Cabeça da Igreja Católica, a fim de se colocar ao serviço da Humanidade e conciliar todas as crenças e todos os cultos numa única religião universal. Sonhando converter-se no grande unificador dos povos, sacrificava a Igreja Católica, a Tradição, as Instituições, os próprios fiéis, para formar esse movimento de animação espiritual da Democracia Universal, que deve escravizar a Igreja a o mundo.

Deste modo, Paulo VI, não distinguindo já a Igreja de Cristo, que é “uma e não duas ou mais”, foi o primeiro Papa que, no discurso de abertura da Terceira Sessão[5], em 14 de Setembro de 1964, conclamou as comunidades religiosas cismáticas e heréticas, dizendo:
“Oh Igrejas distantes e tão perto de nós! Oh Igrejas objeto do nosso sincero pensamento! Oh Igrejas da nossa incessante nostalgia! Igrejas das nossas lágrimas!”… E anunciou, logo e em muitas ocasiões, o mútuo perdão pelas culpas recíprocas[6].

Posteriormente, a sua incessante propaganda ecumênica foi só para levar ao reconhecimento das outras comunidades cristãs, e não para conduzi-las à verdadeira comunidade de salvação[7].

Prova disso é a sua visita ao Conselho Ecumênico das Igrejas[8]em 10 de Junho de 1969, onde foi recebido por cerca de 230 comunidades religiosas. Ali, Paulo VI assumiu a linguagem deles e ainda participou desse cisma geral com esta afirmação: “a fraternidade cristã (…) entre as Igrejas que formam o Conselho Ecumênico e a Igreja Católica”…ignorando que não pode haver fraternidade entre a Igreja Católica e osdissidentes. Por outro lado, ele mesmo levantou a questão, dizendo: “A Igreja Católica deve tornar-se membro do Conselho Ecumênico”. E disse logo: “em tão grande fraternidade, não cremos que a questão da participação Católica no Conselho Ecumênico esteja madura a ponto de que se possa e deva dar uma resposta positiva. A questão fica no campo das hipóteses (…) graves implicações (…) caminho largo e difícil”.

Foi um discurso “balão de ensaio”, porque, no fundo, lá estava o seu “sim”;provou-o ao dizer: “O espírito de um são Ecumenismo[9], que anima uns e outros (…) reclama, como condição primeira para o contato frutuoso entre diferentes confissões, que cada um professe lealmente a própria fé”; e, aqui, Paulo VI convidou ao reconhecimento dos valores positivos cristão-evangélicos que se encontram nas outras confissões e à abertura de todas as possibilidades de colaboração… como no campo da caridade e da busca da paz entre os povos.

Finalmente, à pergunta sobre se há salvação em uma ou outra das 234 “igrejas” membros do CEI, ao passo que a doutrina da Igreja Católica sempre tinha respondido negativamente, Paulo VI, pelo contrário, responde afirmativamente! Vê-se sempre esta “mens” sua quando acolhe judeus, muçulmanos, bonzos, budistas… e visitando-os durante as “viagens apostólicas”, com o fim do “diálogo”.

Mas, antes de Paulo VI, nenhum Papa tinha declinado a Fé no plural; Paulo VI, contudo, dizia que as “confissões” se homenageavam mutuamente.

Durante a sua viagem ao Uganda, Paulo VI falou dos “mártires ugandeses”; foi, pois, visitar esses “mártires católicos”, mas confundidos, indiscriminadamente, com os muçulmanos, com os protestantes; segundo ele, morreram em “espírito ecumênico”, unidos para além dos conflitos dogmáticos. Igualmente, na sua viagem a Bombaim (onde os hindus lhe ofereceram um pequeno ídolo, e os budistas, um Buda!), Paulo VI não mostrou nenhum discernimento entre as religiões humanas e a Católica.

E mais se poderia continuar sobre este tema da Fé. Bastará mencionar, por agora, esse seu escandaloso gesto da entregar aos turcos, com um pedido de desculpas por escrito, o “glorioso estandarte de Lepanto”, quase se desculpando de que não tivessem tido liberdade para ocupar e entregar ao Islã toda a Europa Católica.

Quanto ao seu “Credo do povo de Deus”, que o Cardeal Ruini comparou ao“Credo de Niceia” e apresentou como o non plus ultra da Fé de Paulo VI, tem de se dizer que o citado “Credo”, recitado em público no átrio de São Pedro, foi precedido por “dois esclarecimentos” de Paulo VI: o primeiro, que ele queria dar um “firme testemunho da verdade divina confiada à Igreja” (isto é louvável!); mas o segundo esclarecimento punha tudo em discussão,porque excluía, expressamente, que o seu “Credo” fosse uma “definição dogmática”. Disse, de fato: “Vamos fazer uma profissão de Fé, pronunciar um ‘Credo’ que, sem ser uma definição dogmática (…), com algum desenvolvimento requerido pelas condições espirituais do nosso tempo”[10].

Ora, esta sua expressão eliminava do nosso Credo Católico a nota de infalibilidade, por ser este de “Verdade revelada”, de Fé Divina e de Fé Católica, atestada pela Sagrada Escritura e pela Tradição.

Em São Pedro lê-se: “Inde oritur unitas sacerdotii”[11]ou seja, o Papa deve ser o vínculo da Caridade e, portanto, da união. Todavia, Paulo VI honrava e preferia “aqueles que estão distantes” aos próximos na Fé, mostrando, em relação a estes, uma fria amizade; admirava a linguagem, os ritos religiosos e as tradições dos “outros”, enquanto perseguia os que pertencem à antiga Tradição Católica. As portas da sua casa estavam sempre abertas para os teólogos aventureiros, para os agitadores, para os que espalhavam escândalos e heresias, não dissimulando nunca, pelo contrário, a sua animosidade em relação aos tradicionalistas e integristas que defendiam o que ele queria destruir. Não os excomungou porque não tinha razões canônicas para tal, mas precavia-se em não manter contato pessoal direto com eles. O que é mais do que uma excomunhão, porque é aanulação supressão dialética do adversário, como o que este texto assina, que não se vergou jamais às loucuras, aos caprichos, às distorções, às extravagâncias de tanto clero progressista de obediência servil em levar a termo, como disse o Cardeal Garrone, “a derrota do outro partido”.

Dos muitos feitos da sua falsa Caridade, podem se ler uns quantos nos meus três livros sobre Paulo VI a respeito do seu sectarismo que tinha todo o sabor do cisma. Sim, porque o cisma, sendo a separação da Igreja Católica de uma parte dos fiéis, pode se definir como um “pecado-delito”contra a Caridade, que é amor guiado pela Fé e pela Esperança; e que, necessariamente, implica ódio contra o Reino de Deus e a Igreja, para debilitar esta e arrancar-lhe as almas mediante excisões e heresias!

Por isso, jamais Paulo VI poderia ter lançado este grito:
“CHARITAS CHRISTI URGET NOS!”[12].

***

Depois do que escrevo sobre Paulo VI, sou obrigado a colocar em evidência o profundo mistério da “mens” de Paulo VI modernista, por meio dos seus“feitos” “ditos, porque constituem a razão da minha reação espiritual, que tanto me faz sofrer”.

Digne-se, Eminência, tomar em consideração o meu trabalho, expressão do meu respeito e da minha oração.

Pbro. Luigi Villa







LISTA DOS “FEITOS” Y “DITOS” DE PAULO VI


PAULO VI E A DUPLA MISSA NEGRA


A eleição ao papado do Cardeal Montini (21 de Junho de 1963) foi devida à intervenção de alguns representantes da Alta Maçonaria Hebraica da B’nai B’rith[13].

Em 29 de Junho de 1963, oito dias após a eleição de Paulo VI, foi celebrada, na Capela Paulina e numa capela de Charleston (Carolina do Sul – EUA) uma dupla missa negra, com o fim de entronizar Lúcifer na Capela de São Paulo, coração do Catolicismo.

No fim dessa missa sacrílega, os participantes da Capela Paulina juraram:

“entregar a Alma nas mãos do onipotente Lúcifer”;
“serem instrumentos e colaboradores voluntários dos fundadores da ‘Casa do Homem sobre a Terra’.”;
“modelar a ‘Nova Era do Homem’.”;
“erigir a ‘Igreja Universal do Homem’.”.

Depois dessa missa negra, que fez Paulo VI nos seus 15 anos de Pontificado?

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

LIGÓRIO: Misericórdia e Justiça de DEUS


Por Santo Afonso Maria de Ligório

Misericordia enim et ira ab illo cito proximant, et in peccatores respicit ira illius — «A sua misericórdia e a usa ira chegam rapidamente, e em sua ira olha para os pecadores» (Eclo 5,7).

Sumário. De dois modos o demônio engana os homens e arrasta muitos consigo ao inferno. Depois do pecado arrasta-os ao desespero, por meio da justiça divina; e antes do pecado excita-os a cometê-lo pelaesperança da divina misericórdia. Se quisermos desfazer a arte do inimigo, façamos o contrário: depois do pecado, confiemos na misericórdia divina, mas, antes do pecado, temamos a sua justiça inexorável. Como poderia confiar na misericórdia de Deus quem abusa da mesma misericórdia para o ofender?

I. Diz Santo Agostinho que o demônio engana os homens de dois modos: pelo desespero e pela esperança. Quando o pecador caiu, arrasta-o ao desespero, representando-lhe o rigor da divina justiça; mas antes do pecado, excita-o a cometê-lo pela confiança na divina misericórdia. — Com efeito, será difícil encontrar um pecador tão desesperado que se queira condenar por si próprio. Os pecadores querem pecar, mas sem perderem a esperança de se salvar. Pecam e dizem: Deus é misericordioso; cometerei este pecado e depois irei confessar-me dele. Mas, ó Deus! é assim que falaram tantos que agora estão condenados!

domingo, 9 de dezembro de 2012

O grande Milagre de Carpegna


NO DIA 1° DE NOVEMBRO DE 1970,
MILAGRE DE CARPEGNA NA ITÁLIA
E APROVAÇÃO CANÔNICA DA FRATERNIDADE DE MONSENHOR LEFEBVRE



Os misteriosos sinos de Carpegna anunciaram milagrosamente e com majestade o início da restauração da Missa e do Sacerdócio.


Os singulares acontecimentos de Carpegna

      Deus Não quer a nova Missa. O seguinte relatório narra um acontecimento pelo qual Deus exprime claramente o Seu desagrado com a nova Missa. O Padre Abrahamowicz, um [ex-]sacerdote da Fraternidade São Pio X do Distrito da Itália ouviu falar deste acontecimento e foi em Carpegna para informar-se exatamente desta notícia. Averiguou os fatos relatados fazendo um inquérito e recebendo os depoimentos dos aldeões testemunhos dos eventos. A circunstância que sobressai é que os acontecimentos de Carpegna coincidem precisamente com o dia da ereção canônica da Fraternidade Sacerdotal São Pio X, que teve lugar no dia 1° de Novembro de 1970, mesmo dia em que começaram os acontecimentos de Carpegna. Como agora sabemos, foi um dia decisivo para a salvaguarda da Missa tradicional.


sábado, 8 de dezembro de 2012

A missa de lutero - Conferência de Dom Lefebvre


Conferência de Dom Lefebvre

Florence - 15 de fevereiro de 1975


Esta noite, falarei da Missa de Lutero e da Missa do novo rito. Por que essa comparação entre a Nova Missa e a Missa de Lutero? Porque a história o diz; a história objetiva não é criação minha. (Sua Excia. mostra então um livro sobre Lutero, publicado em 1911, “DO LUTERANISMO AO PROTESTANTISMO” de Léon Cristiani) Ele fala sobre a reforma litúrgica de Lutero. Trata-se de um livro escrito em um tempo, em que o autor nem conhecia nossa crise, nem o novo rito; portanto não foi escrito com segundas intenções.
Primeiramente desejo fazer uma síntese dos princípios fundamentais da Missa, para trazer à nossa memória a beleza, a profunda grandeza espiritual de nossa Missa, o lugar que nossa Missa ocupa na Santa Igreja. Que coisa mais bela Nosso Senhor legou à humanidade, que coisa mais preciosa, mais santa concedeu à Sua Santa Igreja, à Igreja sua Esposa, no Calvário, quando morria na Cruz? Foi o Sacrifício de si mesmo.
O Sacrifício de si mesmo. Sua própria Pessoa, que continua seu Sacrifício. Ele o deu à Igreja, quando morreu na Cruz. A partir desse momento, esse Sacrifício estava destinado a continuar, a perseverar através dos séculos, como Ele o havia instituído, juntamente com o Sacerdócio.
Quando na Santa Ceia, Jesus instituiu o Sacerdócio, Ele o instituiu para o Sacrifício, o Sacrifício da Cruz, porque esse Sacrifício é a fonte de todos os méritos, de todas as graças, de todos os Sacramentos; a fonte de toda a riqueza da Igreja. Isso devemos recordar, ter sempre presente essa realidade, divina realidade.
Portanto, é o Sacrifício da Cruz que se renova sobre nossos altares, e o Sacerdócio está em relação com ele, em relação essencial com esse Sacrifício. Não se compreende o Sacerdócio sem o Sacrifício, porque o Sacerdócio foi feito para o Sacrifício. Poder-se-ia dizer também: é a Encarnação de Jesus Cristo, séculos a fora: usque ad finem temporum (1) , o Sacrifício da Missa será oferecido.
Se Jesus Cristo quis esse Sacrifício, quis também ser nele a vítima, uma vez que é o Sacrifício da Cruz que continua, Ele quis que a vítima fosse sempre a mesma, quis ser Ele próprio a vítima. Para ser a vítima, Ele tem que estar presente, verdadeiramente presente nos nossos altares. Se Ele não estiver presente, se não houver a Presença Real nos nossos altares, não haverá vítima, não haverá Sacerdócio. Tudo está ligado: Sacerdócio, Sacrifício, Vítima, Presença Real, portanto TRANSUBSTANCIAÇÃO.

Imaculada Conceição de Maria

 



           Em 1854, com a convicção da pureza completa da Mãe de Deus, e atendendo aos anseios mais profundos de toda a Igreja, o Papa Pio IX proclamou como dogma de fé a Imaculada Conceição de Maria através da bula " Ineffabilis Deus".

           Quase desde o seu nascimento, o Brasil vive sob o manto e o patrocínio de Maria Imaculada. Nossa Pátria, filha e de certa forma obra prima de Portugal, desde 1646 estava consagrada à Imaculada Conceição, pois naquele ano o Rei D. João IV, reunido com as Cortes gerais do Reino, consagrou Portugal e todos os seus domínios a Nossa Senhora da Conceição.

           À mesma Padroeira Imaculada – sob o título de Nossa Senhora da Conceição Aparecida – o Brasil se quis devotar desde seus primórdios de nação plenamente emancipada.Em 1904, a Imagem da Aparecida foi solenemente coroada, por mandado do Papa São Pio X, com uma coroa de ouro cravejada de 40 brilhantes que lhe fora oferecida pela Princesa Isabel.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Da imitação de Cristo e do desapego das vaidades do mundo


"Quem me segue não anda em trevas" (Jo 8, 12). São as palavras de Cristo, com as quais nos admoesta que imitemos sua vida e costumes, se quisermos verdadeiramente ser esclarecidos e livres de toda a cegueira de coração. Seja, pois, nosso principal desempenho meditar a vida de Jesus Cristo. 

A sua doutrina excede a de todos os santos; e quem possuir o seu espírito, nela achará o maná escondido. Acontece, porém, que muitos, ainda que amiúde ouçam o Evangelho, sentem nele pouco gosto e tiram pouco proveito, porque não têm o espírito de Cristo. Quem quiser compreender com satisfação e proveito as palavras de Jesus Cristo, deve conformar sua vida com a dele. 

Que te aproveita discorrer com sabedoria sobre a Trindade, se não és humilde, e por isso lhe desagradas? A verdade é que não são as palavras sábias que fazem o homem santo ou justo, mas sim a vida virtuosa que o faz agradável a Deus. É preferível sentir a compunção do que saber defini-la. Ainda que soubesses de cor toda a Bíblia e os ditos de todos os filósofos, que te aproveitaria tudo isto sem o amor e a graça de Deus? Vaidade das vaidades, tudo vaidade, exceto amar a Deus e só a Ele servir. (Ecl. 1,2). A suma sabedoria é, pelo desprezo do mundo, caminhar para o reino dos céus. 

sábado, 1 de dezembro de 2012

Onde está o homem?


ESTO VIR!

dom CURZIO NITOGLIA
12 de agosto de 2011


"A omissão dos bons aumenta a audácia dos maus" (Leão XIII).

"Para restarmos livres dentro, chegando a certo ponto da vida, devemos tomar sem hesitação o caminho da prisão. [...] Não morro nem se me matam". (G. Guareschi)







terça-feira, 27 de novembro de 2012

LEFEBVRE: O Dever da Desobediência


Tendo o Reitor do Seminário de Ecône, Padre Lorans, pedido que eu colaborasse na redação deste número da “Lettre aux Anciens”, pareceu-me útil relembrar o que escrevi em 20 de janeiro de 1978, sobre algumas objeções que nos fizeram, relativas à nossa atitude face aos problemas que a atual situação da Igreja levanta.

Uma das perguntas era: ‘Como o senhor concebe a obediência ao Papa?’ Eis a resposta dada há dez anos: “Os princípios que determinam a obediência são conhecidos e são tão conformes com a razão e com o senso comum que podemos perguntar como é que pessoas inteligentes podem afirmar que ‘preferem enganar-se com o Papa do que estar na Verdade contra ele’.".

Não é isso que nos ensinam a lei natural e o Magistério da Igreja.

A obediência supõe uma autoridade que dá uma ordem ou decreta uma lei. As autoridades humanas, mesmo sendo instituídas por Deus, apenas têm autoridade para atingir o fim determinado por Deus, e não para dele se desviarem. Quando uma autoridade usa o seu poder em oposição à lei pela qual esse poder lhe foi dado, não tem direito à obediência, e devemos desobedecer-lhe.

sábado, 24 de novembro de 2012

74 Arquivos Católicos para downloads






4.     A Paixão